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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Trindade Coelho e Campos Monteiro em destaque nas Jornadas Culturais de Balsamão

Há muito por conhecer sobre o escritor de Mogadouro e nomes como o do também escritor de Torre de Moncorvo deviam ser estudados nas escolas: foram estas algumas das conclusões na XXII edição das Jornadas Culturais de Balsamão.
As mágoas de Trindade Coelho são um dos pontos mais desconhecidos do transmontano: é, pelo menos, esta a convicção de Fernando Machado. Tal semelhança como o escritor, sendo também natural de Mogadouro, a propósito das XXII Jornadas Culturais de Balsamão, o docente na Universidade do Minho esclareceu que acredita que ainda há muito por conhecer sobre o autor de “Os Meus Amores” e, por isso, levou às jornadas temas mais desconhecidos da vida do mogadourense. “Estou a juntar alguns elementos para publicar uma pequena obra sobre as mágoas de Trindade coelho porque foi um homem que passou uma vida muito magoada e acabou por ser uma espécie de caldo que o levaria ao suicídio. Tenho a impressão que ainda não se conhece suficientemente o conterrâneo e Mogadouro devia ser a base da difusão e do maior conhecimento de Trindade Coelho”.

Fernando Machado falou do escritor, magistrado e político como um homem situado e comprometido. “Apesar de ter vivido pouco tempo em Mogadouro nunca deixou de ter esta referência, sendo que a quase totalidade dos contos aí são passados. Foi um homem muito ligado à ambiência política que se vivia nessa altura e estava exactamente encarregado de vigiar as publicações que saiam em Lisboa, sobretudo em jornais, e isso era uma contradição muito grande para com ele porque tinha um espírito democrático que o levava a escrever contra as leis que fazia aplicar”, disse ainda Fernando Machado.

Campos Monteiro, escritor, médico, jornalista e político, nascido em 1876 em Torre de Moncorvo, foi outro dos nomes em destaque. José Firmino Ricardo, investigador no Centro de Investigação Transdisciplinar “Cultura, Espaço e Memória”, acredita que escritores como este deviam fazer parte da realidade no ensino português. “Andamos sempre à volta de meia dúzia de nomes e o nosso leque de escritores com qualidade, que vêm já de séculos transactos, mais precisamente, que foi o grande apogeu do romance, do século XIX para o XX, havia muitos escritores, que não são estudos e merecem que os professores do secundário tenham liberdade de escolha. Durante o Estado Novo, na escola, estudava-se Campos Monteiro mas com a revolução de Abril esses escritores malditos foram riscados e é preciso separar as coisas, uma coisa é a arte e outra são as ideias”.

José Firmino Ricardo, natural de Moncorvo, é responsável pelo primeiro estudo de fundo sobre Campos Monteiro. “Sendo ele tão importante, foi um dos escritores mais lidos no princípio do século XX, decidi pegar em papéis dispersos, em várias documentações, que não estavam trabalhadas, e fiz uma investigação, que deu num livro: Domus Mea est Orbis Meus. Foi interesaante porque não havia nenhuma base de comparação e agora é bom que comece a haver para que algumas ideias que possa ter tido erradas sejam concertadas com novos estudos”, confirmou José Firmino Ricardo.

O “Património Literário Transmontano-Duriense” foi o tema da vigésima segunda edição das jornadas, que começaram na quinta-feira e terminaram ontem.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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