Para avaliar o impacto da tempestade, os técnicos da Direção Regional de Agricultura realizaram um levantamento dos prejuízos nas áreas afectadas. No entanto, não há perspectivas de apoio governamental para auxiliar os fruticultores afectados, diz o técnico da Associação dos Fruticultores, Viticultores e Olivicultores do Planalto de Ansiães e produtor de maçã, Duarte Borges.
“Foi feito um levantamento pelos técnicos da Direcção regional juntamente connosco. Houve três sinistros nos pomares de maçã, a maioria tem seguro de colheitas. Apesar do seguro ser uma pequena ajuda para o agricultor, nunca paga os prejuízos que o agricultor realmente tem, ou seja, o equivalente à produção e venda da maçã”, referiu.
A Associação expressou profunda preocupação com a situação, revelando “que cerca de 60% da área de produção de maçã foi afectada e danificada” pelo evento climático.
Duarte Borges alertou para uma redução drástica nas colheitas deste ano, resultando em mais um ano dramático para os fruticultores.
“Houve uma queda de granizo acentuada que provocou prejuízos elevados na fruta, grande parte, entre 60 a 70% da área de produção de maçã ficou bastante afectada e danificada. Provocou prejuízos avultados aos fruticultores e que vai provocar uma redução drástica na produção”, referiu.
Sobre os estragos causados pelo mau tempo, nos últimos dias, nos concelhos de Carrazeda de Ansiães, Alijó e Murça, a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, à margem de uma visita a Mirandela, disse que “já foi feito o levantamento” e apesar de não avançar com números, revelou que “a maioria das culturas afectadas tem seguros agrícolas”, mas disse estarem a ser ponderadas medidas “para os agricultores que sofreram prejuízos mais avultados”.
Maria do Céu Antunes ainda não avançou com prazos para o anúncio do relatório do levantamento dos prejuízos nem das medidas de apoio a adoptar, preferindo aguardar mais uns dias, “até porque o tempo continua bastante instável”.
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