Esta quinta-feira, a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, marcou presença no Fórum “Coesão Socioterritorial e despovoamento na Eurorregião Galiza-Norte de Portugal”, e manifestou apoio à reivindicação da autarca de Mirandela.
Júlia Rodrigues voltou a abordar o tema. “Nós continuamos a acreditar ser possível, para além da questão da agricultura, podemos acolher a sede. Isto era um fator impactante estruturante que poderia desencadear tudo o que arrasta consigo nomeadamente os quadros técnicos, não digo atualmente, mas no futuro que poderiam viver na região”, refere.
“Dar prioridade ao setor que acabou de ser integrado na CCDR que é a agricultura. Todos sabemos a importância que a agricultura tem na nossa região, e por isso julgamos que era uma justiça territorial, e como território fazer este equilíbrio entre aquilo que é a decisão politica e aquilo que os territórios reclamam com a justiça territorial que todos queremos ter em Portugal”, acrescenta.
Na resposta, a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, diz que é favorável a esta decisão, desde que ela seja uma ambição consensual na região. “Da parte do governo, naturalmente que apoiaremos aquilo que a região considerar mais oportuno, e Mirandela é um território que também oferece todas as condições para que isso aconteça mas tem que ser uma decisão da região, naturalmente, e em particular, do senhor presidente da CCDR Norte.” Ainda assim, Isabel Ferreira lembra que a palavra final “cabe ao presidente da CCDRN”.
A presidente do Município de Mirandela acredita que esta reivindicação terá o apoio dos restantes autarcas da região. “Na altura da união das duas direções regionais” (Trás-os-Montes e Minho), “entre Braga e Mirandela, houve coragem política para ficar sedeada em Mirandela e agora é mais do que justa esta aproximação entre o sector agrícola e a CCDR, Não nos cansaremos de argumentar esse lado. Contamos com a solidariedade de todas as comunidades intermunicipais, também na nossa comunidade intermunicipal e com os concelhos vizinhos no sentido de ser possível estra deslocalização de uma área metropolitana, como é o Porto”, termina.
Recorde-se que a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, cuja sede está em Mirandela, é um dos serviços que passou a ser integrado na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, passando a denominar-se “Unidade Orgânica Regional”.
Esta alteração já foi publicada em Diário da República, no passado dia 26 de maio, e entrou em vigor no dia 1 de junho, mas ainda falta sair a nova Lei Orgânica que, para além de definir onde ficará a sede da CCDRN, também vai elencar o tipo de funções e competências que serão atribuídas às, agora, denominadas unidades orgânicas regionais.
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