José Hermano Saraiva dizia que ter opinião é bom, muito mau é não a ter. Quando faltam opiniões, e todos vão atrás da primeira pessoa que falou, há carneirada. Mas, sintetizava “o grande divulgador da História de Portugal”: “quando há opiniões entram em conflito, entram em contraste, e há uma polémica. Isto de anunciar Bragança como a capital da polémica em Portugal, é realmente anunciar que esta cidade continua a ser uma das capitais mentais do nosso país” [RTP – 15/05/2001].
Desafiando a veracidade do dito na “internet”, de imediato Fernando Aragão escrevia: “ainda bem que alguém, em 2001, achou por bem diferenciar a carneirada... Mas tantos anos volvidos o rebanho tem crescido!” E, Maria das Neves apreensiva acrescentava: “diria que não entra na polémica quem quer, entra na polémica quem pode!”
Tudo isto para falar da intervenção dos cidadãos interessados em participar na construção do espaço qualificado que habitam. Alguns dizem que este assunto não é para todos, é demasiado técnico, complexo, melindroso [mexe com interesses], para elites e, especialistas, isto não é coisa de cidadão comum, é assunto de políticos, de arquitetos e engenheiros…! Nada mais errado! Se o espaço onde vivemos contribui para melhorar, ou degradar, aumentar, ou diminuir, a nossa qualidade de vida, não só é importante falar dele, como os jornais e a imprensa em geral deveriam estar mais atentos a ele, pela organização e beleza das cidades e, aldeias. Quantas guerras, na “internet”, se evitavam se não nos ficássemos apenas pela “submissão aos pareceres necessários” e dessemos ouvidos à opinião dos cidadãos? Quantos crimes urbanísticos se poderiam evitar, fruto da especulação imobiliária e da ausência de visão integrada do território, se todos participássemos mais interventivamente com a nossa opinião?
Dados da corrupção participada em Portugal, no período de 2004-2008, identificam o Urbanismo como um sector de risco nas câmaras municipais. As empresas ligadas ao sector da construção civil [pessoas coletivas ativas] representam 18,2% dos organismos com mais suspeitas de crimes de corrupção, enquanto as Câmaras Municipais são as pessoas coletivas passivas com mais crimes participados: 68,9 %.
Se debater o crime urbanístico é algo negativo, enfermiço, falemos de boas práticas geradoras de otimismo. Mas, tal como não podemos fugir das vacinas, só expondo o leitor à enfermidade é que ele terá oportunidade de reconhecer a doença, munindo-se dos anticorpos para a eliminar [RODRIGUES, 2017, 17, 18].
Há dias, Maria Isabel Abreu referia numa rede social: “quando se vê um novo telhado a surgir de uma fachada aparentemente desalinhada que provavelmente noutras mãos teria sido demolida. Demolir é fácil, preservar é mais desafiante. Felicito o trabalho da equipa que em Bragança tão bem tem feito pela reabilitação de edifícios”.
Desafiando a veracidade do dito na “internet”, de imediato Fernando Aragão escrevia: “ainda bem que alguém, em 2001, achou por bem diferenciar a carneirada... Mas tantos anos volvidos o rebanho tem crescido!” E, Maria das Neves apreensiva acrescentava: “diria que não entra na polémica quem quer, entra na polémica quem pode!”
Tudo isto para falar da intervenção dos cidadãos interessados em participar na construção do espaço qualificado que habitam. Alguns dizem que este assunto não é para todos, é demasiado técnico, complexo, melindroso [mexe com interesses], para elites e, especialistas, isto não é coisa de cidadão comum, é assunto de políticos, de arquitetos e engenheiros…! Nada mais errado! Se o espaço onde vivemos contribui para melhorar, ou degradar, aumentar, ou diminuir, a nossa qualidade de vida, não só é importante falar dele, como os jornais e a imprensa em geral deveriam estar mais atentos a ele, pela organização e beleza das cidades e, aldeias. Quantas guerras, na “internet”, se evitavam se não nos ficássemos apenas pela “submissão aos pareceres necessários” e dessemos ouvidos à opinião dos cidadãos? Quantos crimes urbanísticos se poderiam evitar, fruto da especulação imobiliária e da ausência de visão integrada do território, se todos participássemos mais interventivamente com a nossa opinião?
Dados da corrupção participada em Portugal, no período de 2004-2008, identificam o Urbanismo como um sector de risco nas câmaras municipais. As empresas ligadas ao sector da construção civil [pessoas coletivas ativas] representam 18,2% dos organismos com mais suspeitas de crimes de corrupção, enquanto as Câmaras Municipais são as pessoas coletivas passivas com mais crimes participados: 68,9 %.
Se debater o crime urbanístico é algo negativo, enfermiço, falemos de boas práticas geradoras de otimismo. Mas, tal como não podemos fugir das vacinas, só expondo o leitor à enfermidade é que ele terá oportunidade de reconhecer a doença, munindo-se dos anticorpos para a eliminar [RODRIGUES, 2017, 17, 18].
Há dias, Maria Isabel Abreu referia numa rede social: “quando se vê um novo telhado a surgir de uma fachada aparentemente desalinhada que provavelmente noutras mãos teria sido demolida. Demolir é fácil, preservar é mais desafiante. Felicito o trabalho da equipa que em Bragança tão bem tem feito pela reabilitação de edifícios”.
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