Novas provas obtidas pela PJ, indicam que homem detido, em Mirandela, suspeito de ter regado com gasolina um outro indivíduo, ateando-lhe fogo, não terá sido o autor do crime. Foi agora detido outro homem reconhecido por testemunhas. Apresenta quadro psicológico grave e está em hospital psiquiátrico, na condição de detido.
É um volte face no caso que aconteceu, no passado dia 22 de outubro, em pleno centro da cidade de Mirandela, quando um homem de 67 anos de idade foi visto em chamas, depois de alguém lhe ter despejado uma garrafa de combustível sobre o corpo e de lhe ter ateado fogo, causando-lhe graves queimaduras em 60 por cento do corpo.
No mesmo dia, a Polícia Judiciária (PJ), após interrogar algumas testemunhas, deteve um suspeito: um homem de 48 anos, sem ocupação laboral, que foi presente a primeiro interrogatório, no tribunal de Mirandela, dois dias depois, indiciado da autoria de um crime de homicídio de forma tentada.
O Juiz de Instrução Criminal optou pela aplicação da medida de coação mais grave - prisão preventiva - tendo recolhido ao estabelecimento prisional de Bragança.
Entretanto, as investigações continuaram e, ao que apurámos, no início da semana passada, os inspetores da PJ voltaram a inquirir as testemunhas, com recurso a testes de reconhecimento que apontaram outro suspeito, o mesmo que terá comprado o combustível na garrafa que acabou por ser utilizada para regar o corpo da vítima.
Perante os novos dados, veio a ser detido um homem de 46 anos, e foi nessa condição que foi colocado num hospital psiquiátrico por apresentar um quadro complexo de esquizofrenia, alegadamente relacionado com o consumo constante de produtos estupefacientes.
Apesar disso, só esta tarde, após um requerimento apresentado pela defesa judicial do homem que se encontrava em prisão preventiva, há 22 dias, é que o juiz de instrução criminal ordenou a sua libertação imediata do estabelecimento prisional de Bragança, tendo ficado com Termo d Identidade e Residência.
Entretanto, ao que apurámos, a vítima continua internada no hospital de São João, no Porto, com u estado clínico de “evolução favorável, mas lenta”, adianta fonte hospitalar,
O ferido foi condenado, há 40 anos, por ter sido o autor da morte de uma mulher, esfaqueando-a e torturando-a com recurso a cigarros para queimar a vítima.
Depois de sair em liberdade condicional, no início da década de 1990, voltou ao mundo do crime, desta vez relacionado com assaltos a residências e estabelecimentos comerciais, vindo a cumprir nova pena de prisão.
Quando voltou a sair da cadeia, protagonizou mais um episódio de violência. Em 2019, envolveu-se numa rixa com um outro homem, tendo sido esfaqueado e internado durante alguns dias no hospital local.
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