Em 1975 fui preterido num concurso público por ter o cabelo comprido o que me conectava com um “segmento” que incomodava os ineptos, os néscios... Contou-me, passados anos, um dos elementos do júri hoje com os seus maravilhosos 90 anos e com quem ontem bebi uma cerveja no final da jornada. Eram 5 os elementos do júri e o que tinha o voto de qualidade, desempatou… com um NÃO! O não fez toda a diferença. Não sei se para melhor se para pior. Só sei que foi um não criminoso. Tem nome o elemento. Era um dos DDT.
Ao tempo o cabelo comprido era em Bragança, para os DDT, sinal de perigo. Os DDT não são os mesmos mas têm a mesma mentalidade e quero crer que pior qualidade.
Em 75 era o corte do cabelo, agora é a cor da cartolina.
Enquanto não conseguirmos fazer diferente deste esterco todos perdemos.
Admira-me é que gente nova continue com os mesmos pressupostos do antigamente. Preocupa-me que em 2023 interesses individuais e corporativistas se sobreponham ao interesse da comunidade. Para quê? Levai o cheque para a urna.
De que adianta existir uma Constituição da República se nem as Instituições Públicas a cumprem ou fazem cumprir?
Em Bragança a liberdade, a justiça e a igualdade de oportunidades não são para todos. Nunca foram. Nos outros lados será igual. Apenas muda a cor da cartolina.
Aos “bafejados” pela “sorte” peço: Lá dentro. Lá dentro da vossa impiedosa estrutura partidária que vos arranjou emprego, ou tacho… a vós e aos vossos filhos e filhas, irmãos e genros, noras e primos... insisti para que em Bragança fiquem sempre, mas sempre, os melhores em primeiro lugar. Tentai, ao menos. De que vos adianta andar uma dúzia, ou duas de anos, a encher o peito para as fotografias se depois em Bragança nem vai haver fotógrafos nem quem faça pose para as fotografias? Nem Bragança.
Sejam felizes mas não lixem a vida aos filhos dos outros.
Obs* A foto foi num baile de finalistas da EICB. A amiga que está na foto é membro do Grupo. Foi pura coincidência estarmos juntos quando a foto foi tirada. Mas olhar hoje para a foto faz-me acreditar que eram mais sérias e limpas as minhas "melenas" que a seriedade do bardamerda que ditou o não. Ditou-o por inveja.
Beijos e abraços e desculpai-me a irreverência.
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