É esta a principal conclusão do relatório do processo de inquérito interno do Município de Mirandela, alegando a necessidade clarificar questões jurídicas levantadas numa reportagem sobre o processo de contratação desta trabalhadora da Câmara Municipal, que deixou no ar a possibilidade de a autarquia estar perante um processo ilegal.
Em conferência de imprensa, a autarca de Mirandela, Júlia Rodrigues, deu a conhecer as conclusões do inquérito. “Existe evidentemente uma irregularidade processual administrativa que tem a ver com a data e com o local de assinatura. Houve uma questão processual do estabelecimento prisional, que por causa das greves não era possível deslocar a candidata a Mirandela e, portanto, o documento foi legalmente enviado e foi assinado comprovadamente no estabelecimento prisional”, adiantou.
Para a autarca, não ficam dúvidas de que existiu “uma manipulação” da informação por parte de quem fez a reportagem jornalística. “Houve muito cuidado e muita cautela em todo este processo. Estamos de consciência tranquila, foi feita uma manipulação de dados relativamente a um concurso que foi retomado em 2022, mas que já vinha de 2009 e, portanto, toda aquela peça jornalística teve muito pouco cuidado e respeito pelas pessoas”, vincou.
Independentemente das conclusões deste inquérito interno, o executivo liderado por Júlia Rodrigues enviou, no final de Outubro, um requerimento a solicitar ao Ministério Público, a averiguação dos factos.
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