No centro desta investigação, estará um laboratório que tem uma delegação no complexo do Cachão, no concelho de Mirandela, com ligações a uma empresa multinacional do ramo que “procedia à falsificação de todos os procedimentos de amostragem e análises relativas ao controlo de águas de consumo humano contratadas pelas entidades gestoras, como as Câmaras Municipais", revela a PJ em comunicado.
Segundo apurámos, várias pessoas ligadas ao laboratório foram detidas para interrogatório e foram efetuadas buscas a diversas autarquias em vários pontos do país, entre as quais estão seis do distrito de Bragança: Mirandela, Vila Flor, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Miranda do Douro. e ainda outras do distrito de Vila Real.
Segundo o comunicado da PJ, foram feitas mais de 60 buscas que culminaram na detenção de 20 pessoas, e na constituição de vários arguidos, por crimes de abuso de poder, falsidade informática, falsificação de documento agravado, associação criminosa, prevaricação, propagação de doença e falsificação de receituário.
Para reduzir os custos, o laboratório pôs em causa a fiabilidade dos resultados das análises à qualidade da água consumida pela população. “A atividade fraudulenta do laboratório também se manifestava ao nível do controlo de águas residuais”.
Que estas notícias façam refletir os membros das assembleias municipais quando votam de olhos fechados as propostas dos "ídolos". Há serviços básicos que não PODEM estar nas mãos de privados. Devem estar SEMPRE na "esfera" do setor público. Se já é difícil confiar na seriedade dos eleitos quanto mais na dos gestores das empresas "satélites" e pior ainda quando uns, se confundem com os outros. Neste caso em concreto, está-se a falar do Laboratório Regional de Trás-os-Montes) responsável pela colheita e análise de águas destinadas ao consumo humano, águas residuais, águas balneares, piscinas, ribeiras, furos e poços, entre outros...
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