Por: José Mário Leite
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Jorge Nunes, uma das vozes transmontanas mais esclarecidas e inconformadas, promotor do desenvolvimento e do bem estar do nordeste, escreveu, recentemente, um texto preparatório do próximo Congresso Transmontano, (que será o V) na sequência do livro “Congressos Transmontanos 1920-2020” editado pela Lema d’Origem prefaciado pelos Professores Adriano Moreira e Fernando de Sousa, e com posfácio do Professor Ernesto Rodrigues.
O antigo autarca da capital do nordeste que uma lei iníqua e lesadora dos interesses regionais afastou, prematuramente, do cargo executivo que exerceu com estratégica clarividência, vem questionar, no seu texto, o tema proposto para servir de base à concretização da próxima assembleia magna das gentes do Reino Maravilhoso. A regionalização é, sem dúvida, um tema importante e que não pode, de forma nenhuma, estar ausente de qualquer discussão que, querendo-se séria e consequente, pretenda contribuir para o desenvolvimento futuro de qualquer região, mormente se for do interior. Vêm do centralismo, sem qualquer dúvida, as maiores machadadas na demografia, potenciando o abandono progressivo dos jovens qualificados e retirando as âncoras dos serviços públicos regionalizados que, de alguma forma, mitigavam a sangria constante e progressiva. Mesmo com as melhorias, salientadas, e bem, das vias de comunicação, do sistema de saúde e das unidades de educação. Melhorar não quer dizer que se tenha feito o suficiente, nem o necessário. Porque se as benfeitorias não chegaram para travar o decréscimo evidente, um pequeno acréscimo podendo, quando muito, mitigar o depauperamento contínuo, não chega para operar uma necessária e urgente inversão da curva descendente do enfraquecimento regional. Ao tema já proposto pela Casa de Trás-os-Montes adiciona o antigo edil entre outros um que ninguém pode ignorar da sua importância nos conturbados tempos que vivemos: a ecologia. Importante porque trata do futuro (de um futuro cada vez mais próximo e cada vez mais incerto nas ameaças sérias e severas das alterações climáticas) e igualmente porque, nesse capítulo, precisamente por causa do abandono anterior de investimento em indústrias pesadas e urbanização desenfreada de que padece o litoral, podemos avançar na direção certa, com algum avanço sobre outras regiões portuguesas. Os recursos hídricos serão de uma importância capital neste tema.
Mas, o que mais me apraz salientar, no artigo de opinião publicado no Mensageiro e no Jornal Nordeste, é o apelo à união que já vem desde a edição em livro, já referida, cujo subtítulo “Unir o tempo do passado, do presente e do futuro” evidencia bem o propósito que terá de presidir aos momentos de reflexão coletiva.
Sempre, mas sobretudo nos tempos que correm, de confusão e divergências públicas (entre o Presidente, que deveria ser um referencial de estabilidade e concórdia, e o Primeiro Ministro, entre os agentes da Justiça, cujo cumprimento estrito da Lei deveria exigir uma rigorosa e inatacável postura em matérias como segredo de justiça e presunção de inocência, e o principal Órgão Legislativo cujas críticas sobre atuações enquadráveis num edifício legal ali originado e sem vislumbre de reformas sérias e profundas, são dificilmente entendíveis) o aparecimento de uma região unida à volta de um ideário, obviamente debatido e discutido em toda a sua diversidade, traga para a luz do dia tudo quanto resulta da conclusão de um debate alargado, participado e rico, será, sem dúvida, um enorme contributo para o desenvolvimento regional e para um futuro melhor para as gerações vindouras.
O antigo autarca da capital do nordeste que uma lei iníqua e lesadora dos interesses regionais afastou, prematuramente, do cargo executivo que exerceu com estratégica clarividência, vem questionar, no seu texto, o tema proposto para servir de base à concretização da próxima assembleia magna das gentes do Reino Maravilhoso. A regionalização é, sem dúvida, um tema importante e que não pode, de forma nenhuma, estar ausente de qualquer discussão que, querendo-se séria e consequente, pretenda contribuir para o desenvolvimento futuro de qualquer região, mormente se for do interior. Vêm do centralismo, sem qualquer dúvida, as maiores machadadas na demografia, potenciando o abandono progressivo dos jovens qualificados e retirando as âncoras dos serviços públicos regionalizados que, de alguma forma, mitigavam a sangria constante e progressiva. Mesmo com as melhorias, salientadas, e bem, das vias de comunicação, do sistema de saúde e das unidades de educação. Melhorar não quer dizer que se tenha feito o suficiente, nem o necessário. Porque se as benfeitorias não chegaram para travar o decréscimo evidente, um pequeno acréscimo podendo, quando muito, mitigar o depauperamento contínuo, não chega para operar uma necessária e urgente inversão da curva descendente do enfraquecimento regional. Ao tema já proposto pela Casa de Trás-os-Montes adiciona o antigo edil entre outros um que ninguém pode ignorar da sua importância nos conturbados tempos que vivemos: a ecologia. Importante porque trata do futuro (de um futuro cada vez mais próximo e cada vez mais incerto nas ameaças sérias e severas das alterações climáticas) e igualmente porque, nesse capítulo, precisamente por causa do abandono anterior de investimento em indústrias pesadas e urbanização desenfreada de que padece o litoral, podemos avançar na direção certa, com algum avanço sobre outras regiões portuguesas. Os recursos hídricos serão de uma importância capital neste tema.
Mas, o que mais me apraz salientar, no artigo de opinião publicado no Mensageiro e no Jornal Nordeste, é o apelo à união que já vem desde a edição em livro, já referida, cujo subtítulo “Unir o tempo do passado, do presente e do futuro” evidencia bem o propósito que terá de presidir aos momentos de reflexão coletiva.
Sempre, mas sobretudo nos tempos que correm, de confusão e divergências públicas (entre o Presidente, que deveria ser um referencial de estabilidade e concórdia, e o Primeiro Ministro, entre os agentes da Justiça, cujo cumprimento estrito da Lei deveria exigir uma rigorosa e inatacável postura em matérias como segredo de justiça e presunção de inocência, e o principal Órgão Legislativo cujas críticas sobre atuações enquadráveis num edifício legal ali originado e sem vislumbre de reformas sérias e profundas, são dificilmente entendíveis) o aparecimento de uma região unida à volta de um ideário, obviamente debatido e discutido em toda a sua diversidade, traga para a luz do dia tudo quanto resulta da conclusão de um debate alargado, participado e rico, será, sem dúvida, um enorme contributo para o desenvolvimento regional e para um futuro melhor para as gerações vindouras.
José Mário Leite, Nasceu na Junqueira da Vilariça, Torre de Moncorvo, estudou em Bragança e no Porto e casou em Brunhoso, Mogadouro.
Colaborador regular de jornais e revistas do nordeste, (Voz do Nordeste, Mensageiro de Bragança, MAS, Nordeste e CEPIHS) publicou Cravo na Boca (Teatro), Pedra Flor (Poesia) e A Morte de Germano Trancoso (Romance), Canto d'Encantos (Contos) tendo sido coautor nas seguintes antologias; Terra de Duas Línguas I e II; 40 Poetas Transmontanos de Hoje; Liderança, Desenvolvimento Empresarial; Gestão de Talentos (a editar brevemente).
Foi Administrador Delegado da Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, vereador na Câmara e Presidente da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Foi vice-presidente da Academia de Letras de Trás-os-Montes.
É Diretor-Adjunto na Fundação Calouste Gulbenkian, Gestor de Ciência e Consultor do Conselho de Administração na Fundação Champalimaud.
É membro da Direção do PEN Clube Português.
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