O projeto está em marcha, nomeadamente na fase da escolha das famílias vizinhas para as capacitar de modo a funcionarem como mediadoras de bairro. “Para que possam chegar às pessoas que estejam a passar por momentos de dificuldade, pobreza ou solidão. Os vizinhos de casa dão outra confiança que não dá uma aproximação técnica e administrativa do pessoal das instituições”, referiu o Pe. Bento.
Idosos que vivem sozinhos, migrantes e algumas franjas da população mais isolada socialmente e carenciadas são dos que mais procuram a ajuda do centro paroquial dos Santos Mártires e da Cáritas Diocesana de Bragança. “Queremos arranjar estratégias que permitam a conciliação de esforços para colocar o pobre em primeiro lugar. Criar oportunidades para que as pessoas tenham voz e possam dar a sua participação ativa para a escolha do melhor caminho, no sentido da resolução dos problemas e para que o combate à pobreza possa ser feito efetivamente”, adiantou o sacerdote. A procura de ajuda tem vindo a aumentar nos últimos meses devido à subida da inflação e à escalada dos preços dos bens alimentares e das rendas de casa. “Tem-se notado um aumento dos pedidos de ajuda. Nos últimos dois meses nota-se um aumento da procura de apoio geral. Devido ao aumento do custo de vidas as pessoas não conseguem pagar as despesas e precisam de um suporte. Também há muita procura por roupa de inverno, medicamentos e géneros alimentares. Ajudamos entre 50 a 60 pessoas por mês, mas o número é muito variável e às vezes são mais, depende”, indicou Rui Magalhães presidente da Cáritas Diocesana de Bragança.
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