Este momento de partilha, interpretação e escuta de música em contexto rural, enquadrada na paisagem, tem trazido músicos de vários países à região, interpretando obras de grandes nomes como Beethoven.
Simone Costa é, anualmente, uma das espectadoras assíduas da iniciativa, que considera muito rica. “Normalmente, já somos um público assíduo no teatro e estamos sempre a ver aquilo que há de diferente. Isto é espectacular porque traz outro dinamismo, valoriza o património, em termos de monumentos e conecta as pessoas a um nível sentimental diferente. Cada aldeia ou cada paisagem tem um valor simbólico e acaba por ser muito rica a experiência”.
A ideia da “Música na Paisagem” nasceu com Matilde Loureiro. A violinista reside em Montesinho e integra, além da produção, os espectáculos. Matilde Loureiro diz que há cada vez mais pessoas a aderir à iniciativa. “Sobretudo numa aldeia tão pequena como Montesinho, onde residem cerca de 30 habitantes, muda um pouco o equilíbrio. A maior parte dos músicos convidados são relativamente jovens, de outros países, então a interacção com as pessoas que lá vivem é sempre interessante. Os músicos ficam fascinados. As pessoas têm aderido bem. Há sempre um publico variado”.
A iniciativa é organizada pela câmara de Bragança e pelo teatro municipal e desde o ano passado que tem passado por outras aldeias além de Montesinho. O director do teatro, João Cristiano Cunha, diz que a ideia é continuar a percorrer as aldeia do Parque Natural de Montesinho. “A ideia é descentralizar, fazemos sempre um espectáculo ou mais em Montesinho, que é a base, onde tudo nasceu, mas a ideia é incluirmos sempre uma outra aldeia do Parque Natural de Montesinho. Notamos que há cada vez mais gente a aderir. Não é habitual ouvirmos um quarteto de cordas num souto ou numa eira. Isto estranha-se e depois entranha-se. Temos já público fidelizado”.
A residência artística em Montesinho juntou, este ano, cinco músicos de diferentes origens.
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