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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 11 de junho de 2025

OS FIDALGOS - LAGOAÇA

António José Antunes Navarro

1º ANTÓNIO JOSÉ ANTUNES NAVARRO, primeiro Conde e primeiro Visconde 
de Lagoaça; fidalgo-cavaleiro da Casa Real, por alvará de mercê nova de 30 de Janeiro de 1862; comendador das Ordens de Nossa Senhora da Conceição e de S. Maurício e S. Lázaro, da Itália; Grã-Cruz da Ordem de Nossa Senhora de Guadalupe, do México; deputado em várias legislaturas, par do reino e presidente da Câmara Municipal do
Porto.
Nasceu na Lagoaça, concelho de Freixo de Espada à Cinta, a 11 de Julho de 1803 e faleceu no Porto a 17 de Julho de 1867, havendo casado, sete dias antes, com D. Luísa Benedita Monteiro Antunes Navarro, que nasceu a 17 de Julho de 1837.
Tiveram um filho, António José Antunes Navarro, que nasceu no Porto a 15 de Março de 1864.
O Conde de Lagoaça era filho de Manuel José Antunes, proprietário e negociante, e de D. Helena Teresa Antunes, naturais da Lagoaça.
O título de conde foi-lhe concedido por decreto de 31 de Outubro e carta régia de 6 de Novembro de 1866 e o de visconde, em duas vidas, por decreto de 2 de Novembro e carta régia de 2 de Dezembro de 1859.
Teve por armas um escudo partido em pala: na primeira as armas dos Antunes e na segunda as dos Navarros(282). O brasão de armas foi-lhe concedido por alvará de Agosto de 1862.
2º JÚLIO DE CASTRO PEREIRA, segundo Visconde de Lagoaça, em verificação da segunda vida concedida a seu tio António José Antunes Navarro, atrás citado.
Bacharel formado em direito, comendador da Ordem de Cristo e da Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, por diploma de 27 de Março de 1873, proprietário e negociante na praça do Porto.
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(282) PINTO, Albano da Silveira – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal, 2º vol., p. 71.
SANCHES DE BAENA – Arquivo Heráldico Genealógico, parte lª, p. 55.
Portugal: Dicionário histórico, artigo «Lagoaça».
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Nasceu a 27 de Março de 1836 e casou a 20 de Junho de 1876 com D. Adelaide Henriqueta de Sousa Basto, que nasceu a 5 de Março de 1849, filha dos primeiros Viscondes da Trindade.
A renovação do título foi por decreto de 6 de Julho de 1867 (283).
A correspondência telegráfica de A Palavra de 8 de Outubro de 1906 diz: «Foi agraciado com a comenda de Leopoldo da Bélgica o snr. conde de Lagoaça, nosso encarregado de negócios do Brasil».
Descendência:
I. D. Alice de Castro Pereira, que casou a 15 de Janeiro de 1903, na igreja do Bonfim, Porto, com Jaime Guilherme Pimentel de Faro, bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, delegado do procurador régio.
II. Júlio de Castro Pereira.
E outros.
Por diploma de 18 de Agosto de 1863, publicado no Diário do Governo de 3 de Outubro seguinte, foi concedida licença a António José Antunes Navarro, Visconde de Lagoaça, para aceitar a comenda da Ordem Italiana de S.Maurício e S. Lázaro.
Por diploma de 23 de Outubro de 1865, publicado no Diário do Governo de 1 de Dezembro seguinte, idêntica licença lhe foi concedida para aceitar a Grã-Cruz da Ordem Imperial de Guadalupe, do México.
O decreto que o nomeou par do reino é de 30 de Setembro de 1865.
O que o nomeou Conde de Lagoaça é de 31 de Outubro de 1866, por ocasião da visita de El Rei ao Porto, onde fora inaugurar o monumento erigido por esta cidade a D. Pedro IV, sendo ele governador civil do distrito.
O Diário do Governo de 29 de Julho de 1868 traz a relação dos titulares que formavam a Corte, e, entre eles, menciona o Visconde de Lagoaça.
3º ANTÓNIO JOSÉ ANTUNES NAVARRO, segundo Conde de Lagoaça, bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra (1888), par do reino por direito hereditário, antigo secretário geral do Governo de S. Tomé e Príncipe e depois secretário de legação.
Nasceu a 15 de Março de 1864 e era filho dos primeiros Viscondes e primeiros Condes de Lagoaça, atrás citados.
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(283) PINTO; SANCHES DE BAENA – Resenha das Famílias Titulares…, p. 72. Mas o Portugal: Dicionário Histórico, artigo «Logoaça», diz que foi por decreto de 1 de Julho e que o seu casamento se realizou em 1870. Também o Diário do Governo de 23 de Dezembro de 1867, diz que o decreto é de 1 de Julho.
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Casou, em 1887, com D. Maria Francisca de Castelo Branco, que nasceu a 25 de Julho de 1869 e era filha de D. António de Castelo Branco, terceiro Marquês de Belas e nono Conde de Pombeiro, e da marquesa D. Júlia de Oliveira Pimentel, neta paterna de D. José Castelo Branco, oitavo Conde de Pombeiro, e da condessa D. Maria Francisca Luísa de Sousa; neta materna de Júlio Máximo de Oliveira Pimentel, segundo Visconde de Vila Maior, e da viscondessa D. Sofia de Roure Auffdiener, filha do marechal de campo João Ferreira de Campos e de D. Emília de Roure Auffdiener (284).

Transcrevemos do Diário de Notícias de 9 e 10 de Março de 1917 os seguintes locais, sobre o falecimento e funeral do segundo Conde de Lagoaça:

«Conde de Lagoaça – Finou-se ontem na Casa de Saúde das Amoreiras o Snr. António José Antunes Navarro, segundo Conde de Lagoaça.
Bacharel formado em direito pela Universidade de Coimbra, foi par do reino por direito hereditário, secretário geral do Governo de S. Tomé e Príncipe.
Tomou parte assídua nos debates parlamentares, sobretudo em 1893, fazendo com Marçal Pacheco e Conde de Tomar oposição a um gabinete regenerador.
Foi secretário da extinta Câmara dos Pares e serviu como secretário em várias legações no estrangeiro.
Era filho do primeiro Conde de Lagoaça que foi deputado e par do reino, capitalista e presidente da Câmara Municipal do Porto.
O extinto contava 53 anos, e foi na terça-feira passada acometido de doença nos seus aposentos no Hotel Aliança, donde o transportaram para a Casa de Saúde.
O funeral realiza-se hoje da igreja de Santa Isabel para o Cemitério Ocidental e dele se incumbiu a agência Júlio de Almeida, da rua Alves Correia».
«Funerais do Conde de Lagoaça – Ficaram ontem depositados no Cemitério Ocidental os restos mortais do Snr. António José Antunes Navarro, segundo Conde de Lagoaça.
O féretro estava depositado na igreja de Santa Isabel, sendo organizado um turno até ao carro fúnebre, pelos Snrs. Artur Montenegro, José Moreira de Almeida, João Bregaro, D. Fernando Castelo Branco (Pombeiro), visconde de Coruche e Vicente Trigoso.
No cemitério também foram organizados turnos.
O Snr. Ministro dos Negócios Estrangeiros fez-se representar por um dos seus secretários.
Dirigiram o funeral os Snrs. António Velez Caldeira e Manuel Basílio Castelo Branco.
O cadáver ficou depositado no jazigo do Snr. Conde de Farrobo».
A local que se refere ao funeral é acompanhada da reprodução da sua fotografia.
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(284) Portugal: dicionário histórico, artigo «Lagoaça».
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA

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