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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

MINISTÉRIO PÚBLICO ABRE INQUÉRITO PARA INVESTIGAR EVENTUAL INCUMPRIMENTO DA CONCESSÃO DA LINHA DO TUA

 QUEIXA APRESENTADA POR DANIEL CONDE – ATIVISTA FERROVIÁRIO – ALEGA QUE DEPOIS DE GASTOS 16 MILHÕES DE EUROS, A VIA E O COMBOIO NÃO ESTÃO HOMOLOGADOS.


A noticia foi avançada, esta quarta-feira, na edição online do jornal Público. Aquele jornal diário nacional revela que o Ministério Público (MP) de Mirandela abriu um inquérito crime para investigar o incumprimento da concessão pública de exploração da Linha do Tua, que está sem comboios desde 2018 e tem o canal ferroviário a degradar-se, apesar de nele terem sido investidos 16 milhões de euros. As duas únicas automotoras que circulavam naquela linha estão também degradadas e semiabandonadas num armazém em Mirandela, acrescenta o Público.

O Plano de Mobilidade do Tua nasce, em 2009, como contrapartida à construção, pela EDP, da barragem de Foz do Tua, que submergiu um troço de 23 quilómetros de via-férrea. 

Ainda segundo o Público, na queixa que fez ao Ministério Público – e que veio dar origem a este processo –, Daniel Conde, que se auto-intitula “ativista ferroviário”, disse ao jornal que “esta amálgama de transbordos em diferentes meios de transporte” era o resultado de “uma interpretação lassa e permissiva do Estado português à cláusula do Caderno de Encargos da barragem do Tua que estipulava que ‘todas as vias destruídas devem ser repostas com a mesma valência".

A responsabilidade da execução deste plano foi atribuída à Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT), organismo também ele criado como contrapartida pela construção da barragem do Tua, em 2011. O plano de mobilidade, contudo, nunca se concretizou, apesar de um concurso para a sua subconcessão, lançado por esta entidade em 2015, ter tido como vencedor o único candidato que se apresentou: a empresa Mystic Tua, do empresário Mário Ferreira. Este não perde tempo e em 2016 compra um comboio, que designou Tua Express, destinado a operar entre Mirandela e Brunheda. O comboio nunca seria homologado por não reunir as condições de segurança para a exploração ferroviária. Mário Ferreira, acabou por se desinteressar do processo.

Daniel Conde diz ao Público que, depois de gastos 16 milhões de euros, a via e o comboio não estão homologados, o concessionário desistiu da concessão, não existem calendários nem compromissos políticos assumidos, a linha férrea está coberta de mato e as automotoras estão vandalizadas. Enquanto isso, aquilo que classifica ironicamente como “Plano de Imobilidade do Tua” gerou zero passageiros transportados e zero euros de receitas turísticas. “Estamos perante a destruição de Património Público, na via-férrea, estações, oficinas e automotoras, que têm estado ao abandono, sujeitas a furtos, vandalismo, e destruição”, disse ao jornal. 

O PÚBLICO adianta ter contactado José Paredes, presidente da Câmara de Alijó e da ADRVT (a presidência da agência é exercida de forma rotativa entre os autarcas do Vale do Tua), mas este não quis prestar declarações, alegando que desconhecia a existência do inquérito do Ministério Público.

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