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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 2 de novembro de 2025

CONHECEM OS POLÍTICOS AS DIFICULDADES DO POVO?

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")


 Durante o tempo que fui redator de publicação local, e realizei várias entrevistas a figuras notáveis.

Certa ocasião, entrevistei conhecida deputada. Tentei combinar o local do encontro. Não queria o parlamento. Propôs-me sua casa, num fim-de-semana.

À hora combinada, bati levemente à porta. Decorridos segundos, abriram-na e mandaram-me entrar para pequena salita, que abria para jardim.

Em breve surgiu a ilustre deputada. Trazia a boca cheia de alegres sorrisos.

Conversamos detalhadamente. Na hora da chã, convidou-me, como se fossemos velhos e íntimos amigos, para lanchar com a família.

Durante a merenda, enquanto se servia a chã, contou-me, porque não gostava de ser entrevistada:

" Em norma, os jornalistas, não querem conhecer o meu pensamento, mas apanhar-me num deslize, fazendo-me perguntas traiçoeiras.

Acontece a todas. Certa vez Nicolau Breyner, foi a S. Bento, e perguntou, no corredor, às deputadas, que deparou: " Quanto custa um papo-seco” (pãozinho). Apanhadas de surpresa, habituada a comer em restaurantes, não souberam responder gaguejando.

"No dia mediato, o jornal dizia:" Como podem as deputadas defenderem o povo, se nem sabem quanto custa o pãozinho?"

Ao recordar o já remoto diálogo, lembrei-me que tanto eles, como elas, encontram-se tão distantes dos cidadãos, que é-lhes difícil compreenderem a precisão da população. Por isso, é que ouvi, certo político, afirmar que: " Com pouco mais de mil e trezentos euros, já se era rico em Portugal!"

Já se passaram décadas, que a Doutora Manuela Ferreira Leite, afirmou na TV: " Governar, não é muito diferente do trabalho da boa dona de casa – gastar de harmonia com o que se recebe."

Mas, como já não há donas de casas – ou são raras, – talvez seja a razão, porque os países andam tão malgovernados...


Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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