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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Metro de Mirandela pode deixar de circular

O metro de Mirandela pode deixar de fazer a ligação entre a cidade e o Cachão a partir do início de 2012. O prejuízo mensal de 10 mil euros, suportado apenas pelo município de Mirandela, e o constante adiamento da implementação do plano de mobilidade previsto para o Vale do Tua - uma das contrapartidas pela construção da barragem do Tua - leva o autarca local a ameaçar com a paragem do Metro. 
O presidente do Município e da administração do Metro de Mirandela considera que a situação é insustentável e que a câmara municipal não pode continuar a suportar os 10 mil euros de prejuízo mensal para assegurar o transporte na linha do Tua, por Metro entre Mirandela e o Cachão, e através de uma frota de táxis até ao Tua. José Silvano só admite recuar nesta posição caso avance, até final do ano, a assinatura do protocolo entre a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua e o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade para colocar em marcha o plano de mobilidade do Vale do Tua - uma das contrapartidas da construção da barragem de Foz-Tua e da consequente submersão de 16 quilómetros da linha ferroviária.
Esta agência foi criada em Março, mas até agora não teve qualquer avanço e José Silvano não está disposto a ceder muito mais tempo.“O metro de Mirandela corre o risco de ser extinto. Isso só não acontecerá se este protocolo estabelecido entre a Agência de Desenvolvimento do Vale do Tua e as entidades que hoje suportam o metro tiver a sua execução a partir de Janeiro porque a exploração do metro passará da câmara para esta agência que suportará os custos” explica. “Se for assim o metro continuará, se não a câmara vai ter de tomar uma decisão que pode passar pelo encerramento porque não tem verba para continuar a dispor de 10 mil euros mensais para manter o transporte” acrescenta.O metro de Mirandela foi criado em 1995 para fazer o percurso urbano de quatro quilómetros, entre a cidade e Carvalhais, e quando se perspectivava o encerramento da Linha do Tua, em 2001, foi celebrado um contrato com a CP que estabelecia o pagamento anual de uma verba ao Metro de Mirandela pelo transporte na extensão total da linha.
No entanto, dois acidentes com vítimas mortais, o último deles há três anos, provocaram a interdição de circular na linha entre o Tua e o Cachão, sendo o restante percurso feito por táxis, suportados pela CP. No entanto, desde o início do ano, este encargo passou para o Metro de Mirandela que agora considera não ser rentável circular apenas nos 14 quilómetros até ao Cachão.“O acordo que existe é a CP transferir mil e tal euros por mês para fazer o transporte até ao Tua. Esse dinheiro vinha para o Metro de Mirandela que com ele pagava aos trabalhadores e custos de manutenção” refere. “Depois do acidente foi preciso acrescentar uma verba de quase 120 mil euros para transporte de táxi até ao Tua e esse dinheiro em vez de ser aumentado pela CP foi antes deduzido na contrapartida que o Metro tinha. Passou de 250 mil para 120 mil” salienta. “O taxo custa cerca de 96 mil euros por ano, dinheiro que nos fazia falta para manter o metro tal como estava. Por isso, ou o protocolo entra em vigor ou nós não estamos disponíveis para pagar toda extra contrapartida sozinhos porque a CP não aumentou mais nada” afirma.
Esta possibilidade do Metro deixar de fazer a ligação entre Mirandela e o Cachão não está a ser muito bem recebida pelos utilizadores deste meio de transporte. Maria do Carmo, Almerinda Gonçalves, Maria Alice e Sónia Azevedo, são unânimes no protesto porque consideram o Metro como a alternativa mais cómoda e barata.Curiosamente, no percurso entre Mirandela e Cachão, na comparação com o ano anterior, no período entre Janeiro e Maio, viajaram neste percurso mais 900 passageiros em 2011.Esta possibilidade do Metro deixar de fazer a ligação entre Mirandela e o Cachão não está a ser muito bem recebida pelos utilizadores deste meio de transporte. A população é unânime no protesto porque consideram o Metro como a alternativa mais cómoda e barata.“Faz-nos tanta falta.
Quando preciso de ir a Mirandela vou sempre no metro porque é mais barato e mais cómodo. As reformas são pequenas e não dão para pagar táxis” refere Maria do Carmo. Já Almerinda Gonçalves diz que usa o metro para “ir ao médico e ao mercado. Se acabar vou à boleia ou então não sei como me vou desenrascar”.Maria Alice considera que “é mau porque com a crise muita gente está a encostar os carros e o metro é um meio de transporte útil, mais barato e cómodo”.Apesar deste lamento dos passageiros, a continuidade do Metro de Mirandela está dependente da implementação do plano de mobilidade do Vale do Tua até ao final do ano. Caso não avance, o Metro deixa de circular a partir de Janeiro de 2012.
Escrito por CIR
in:brigantia.pt

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