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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Maior empresa mineira do mundo investe em Trás-os-Montes

Os australianos da Rio Tinto, a maior empresa de minas do mundo, querem investir cerca de mil milhões de euros na exploração de ferro em Torre de Moncorvo.
O projeto será realizado nas minas de Torre de Moncorvo, em Trás-os-Montes, um dos maiores depósitos de minério de ferro da Europa, com recursos medidos e indicados de 552 milhões de toneladas de minério e recursos inferidos de mil milhões de toneladas.
O investimento está a ser negociado entre o Governo, a empresa que detém  a concessão da mina até 2070, a MTI -- Minning Technology Investments, e  a Rio Tinto, disse à Lusa fonte próxima das negociações.
O Ministério da Economia confirma oficialmente que está "a desenvolver negociações com uma das maiores empresas do mundo para um grande investimento no sector mineiro em Portugal", sem, no entanto, avançar qualquer dado sobre o assunto.         
Álvaro Santos Pereira já tinha anunciado a 27 de setembro na RTP que  existia uma multinacional que pretendia fazer um grande investimento em Portugal, escusando-se na altura a avançar com detalhes.
O investimento vai permitir, numa primeira fase, a criação de 420 novos  postos de trabalho directos e cerca de 800 indirectos, bem como a criação de um pólo de investigação e desenvolvimento no Nordeste Transmontano, com  parcerias com instituições locais e internacionais.
Este projeto criará, segundo a MTI, "um novo mercado de exportação da  economia portuguesa" e a "valorização e rentabilização da linha ferroviária  do Douro e da navegabilidade do Douro".
Fontes ligadas às empresas referem que, caso as negociações com a Rio Tinto cheguem a bom porto, o investimento vai permitir que a pequena vila  transmontana receba "uma autêntica cidade, porque é preciso fazer tudo desde o início", e será provável que o investimento demore cerca de 10 anos a  concretizar até que comece a laborar.
Os direitos de exploração das minas Moncorvo pertencem à MTI, uma empresa  constituída por capitais nacionais e estrangeiros, que conta entre os seus  acionistas com empresários e quadros técnicos de "vasta experiência mineira",  pode ler-se no 'site' da companhia.
Segundo a mesma fonte, este é um investimento que já estaria a ser negociado  pelo anterior governo, mas que agora deu um passo em frente após o reforço  do interesse da Rio Tinto. Segundo o 'site' da MTI, os direitos de prospecção e pesquisa foram obtidos  através de um contrato assinado com o Governo em 2008, mas a atribuição  da concessão de exploração das minas só aconteceu em 05 de janeiro deste  ano, "assegurando à MTI os direitos de exploração das Minas de Ferro de  Moncorvo até 2070".
A MTI encetou conversações com a Rio Tinto para se tornar parceira maioritária  no projeto, que, numa primeira fase, vai explorar a Mina da Mua, com reservas  medidas e indicadas de 120 milhões de toneladas. Segundo o sítio da empresa na internet, o projeto tem "reduzidos constrangimentos  ambientais", "proximidade dos portos atlânticos de Aveiro e Leixões", "apoio  institucional das autoridades nacionais, regionais e locais" e "disponibilidade  total e imediata de água, energia, infraestrutura e capacidade de escoamento".
Fonte oficial da Rio Tinto contactada pela Agência Lusa em Londres escusou-se  a confirmar ou desmentir a informação, afirmando que a empresa não comenta  "rumores". A concretizar-se o investimento, marcaria o regresso do Rio Tinto a  Portugal, depois de a empresa ter mantido, durante vários anos, um investimento  nas minas de cobre de Neves-Corvo.
Em 1983, a Rio Tinto foi convidada a participar no projecto das minas, inicialmente uma 'joint-venture' [empresa conjunta] do Governo e de investidores  privados franceses. Depois de um período de avaliação, em 1985 a Rio Tinto comprou os 49  por cento de capital francês, tendo a produção começado em 1989. A Rio Tinto acabou por vender em 2004 toda a sua participação aos canadianos da EuroZinc.
in:cmjornal.xl.pt

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