A população do concelho transmontano de Torre de Moncorvo, mostra-se expectante face ao possível investimento de mil milhões de euros no sector mineiro da região, o qual vai permitir reativar uma fonte da economia da região.
O tema domina todas as conversas nos jardins, cafés, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais sede concelho e aldeias envolvente ao Carvalhal e Felgar e ninguém ficou indiferente à “boa notícia”.
“ Já estávamos ao corrente do que estava a passar, até porque era comum nos últimos dois anos ver por aqui pessoas que andavam a fazer prospeções na antiga Ferrominas, e sempre afirmaram que algo iria mudar na região”, disse José Costa, habitante do Carvalhal.
No entanto, ninguém tem dúvidas, caso o projeto vá para a frente, a economia da região “ dá um grande salto” e o número de postos de trabalho “ vai aumentar”, talvez este o maior anseio da população residente naquele concelho do interior.
“ É muito importante que a exploração mineira volta-se a ser uma realidade no concelho” acrescentou José Costa enquanto fixava o olhar, no morro onde durante décadas se fez a exploração de ferro, junto ao pequeno lugar do Carvalhal.
Apesar deste facto, os jovens mostram-se optimistas com a notícia que depressa circulou por todo o concelho, e não têm dividas que esta é uma oportunidade “única” e tem de ser encarada de forma “séria”.
“ Encaro esta oportunidade com muita expetativa. O mercado de trabalho está parado e os jovens que ainda se aguentam por aqui, têm de deixar as suas terras e rumarem para outras paragens, devido à ausência de emprego”, disse Luís Custódio, um jovem de 27 anos a residir no Felgar, aldeia sede freguesia onde de desenvolve todo este processo.
Actualmente, o local onde era feita a explorações de ferro está abandonado. Porém, as marcas da actividade que durante décadas marcou a economia da região, ainda estão bem patentes no cabeço do Carvalhal.
“Naquele tempo o trabalho era duro, mais dava emprego a centenas de pessoas que ali gatanhavam o seu sustento, mas como trabalho era duro tive de imigrar” contou Francisco Dias, um antigo mineiro da Ferrominas com 72 anos.
O mineiro, não se fez rogado e mostrou um velho livro de registos de pessoal onde depressa contou o nome de cerca de 500 mineiros que trabalharam na antiga mina de ferro.
in:rba.pt
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