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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 13 de março de 2012

Burro mirandês é personagem principal em documentário

“Anquanto la Lhéngua fur Cantada este povo não se morre” é o nome do documentário realizado por João Botelho em terras de Miranda do Douro.
Depois do “Reino Maravilhoso” de Miguel Torga e a região do Barroso, o documentário do planalto mirandês vem encerrar a triologia encomendada pela Direcção Regional de Cultura do Norte ao cineasta. João Botelho passou a juventude no concelho de Vila Real onde conviveu com o povo transmontano. Foi no baú das memórias de criança que encontrou a inspiração para este documentário. “Tinha memória em criança de um casal que andava de terra em terra: uma mulher com uma voz esganiçada e um homem que tocava um realejo. Vendiam romances escritos em folhas de papel”, recorda. E acrescenta: “Lembrei-me de levar uma cantora/actriz que é a Catarina Wallenstein e juntei-lhe o animal mais bonito mais que existe em Portugal que é o burro mirandês. É uma imagem bíblica, se quiserem, aquela ideia da fuga para o Egipto, neste caso é a chegada a uma terra muito boa”, revela entre risos. Catarina Wallenstein é acompanhada por Gabriel Gomes que leva consigo o acordeão e compõe alguns dos temas em mirandês. Os restantes foram mantidos tal como foram recolhidos da tradição mirandesa. João Botelho afirma que desde cedo valoriza a “riqueza musical daquele povo e daquela língua”.  “As verdadeiras cantoras de Miranda, o Grupo de Cantares das Almas de Sendim, são a coisa mais bonita que eu ouvi na vida, aquela polifonia, dez frases que demoram sete minutos a ser cantadas, sobrepostas umas às outras com vozes extraordinárias “, declarou à Brigantia. 
O Grupo de Cantares das Almas de Sendim participa também no documentário, juntando-se ao Grupo de Pauliteiros de Miranda e os Galandum Galundaina. O filme tem a duração de 50 minutos. Demorou uma semana a gravar e foi apresentado no passado dia 5, no Auditório Municipal de Miranda do Douro. O documentário serve também para homenagear Amadeu Ferreira, presidente da Associaçon de Lhéngua Mirandesa “porque ele é o maior sábio mirandês”, referiu João Botelho. Na apresentação oficial esteve Francisco José Viegas, Secretário de Estado da Cultura.


Escrito por Brigantia (CIR)
in:brigantia.pt

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