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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

A Fraga do Ovo

Local: Carvalho De Egas, VILA FLOR, BRAGANÇA
Informante: António dos Santos (M), 72 anos

Essa Fraga do Ovo tem uns buracos por baixo, que era certamente onde os antigos escondiam as suas coisas. 
Aqui há uns anos atrás, talvez há mais de cinquenta, havia um taberneiro aqui em Carvalho de Egas, chamava-se Felisberto e já tinha dinheiro, e vai um habilidoso qualquer, não sabem quem, escreveu-lhe uma cartinha pra ir pôr lá, num desses buracos, doze contos de réis, se não que o matavam. 
Coitado, o homem atormentou-se. Não sabia o que havia de fazer à vidinha dele. Não sabia se havia de lá ir pôr o dinheiro, ou como é que havia de fazer, pois os gaijos diz que o matavam. Então, deu-lhe na cabeça, mandou lá dois guardas. Eles foram lá e não viram ninguém. 
Mas o homem não teve mais descanso, porque tornou a receber outro aviso pra ir lá pôr o dinheiro, mas que tinha de ir só. Que pusesse lá o dinheiro e que viesse embora. Se não, que o matavam. E como ele era taberneiro, era fácil, davam-lhe uma facada ou um tiro e matavam o homem. Ele então foi lá pôr o dinheiro e veio-se embora. Passado um dia ou dois, tornou a lá ir... e o dinheiro estava lá. Trouxe-o pra casa. Não lhe queriam fazer mal, era só para lhe meterem medo.

Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais)

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