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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Regras associadas às zonas protegidas estiveram em debate em Varge

As vantagens e desvantagens das áreas protegidas para quem habita nestas zonas foram  o tema principal da iniciativa “Conselhos do Povo Transmontano - Áreas Protegidas, cidadania, desenvolvimento e cooperação transfronteiriça”, organizado pelo Movimento DART, no passado sábado em Varge, Bragança.
Francisco Alves, do Movimento Defender, Autonomizar e Rejuvenescer Trás-os-Montes considera necessário que haja mais diálogo entre os responsáveis pelas áreas protegidas e a população, de forma a resolver os problemas com que se deparam os habitantes destas zonas. “O que nos preocupa é o facto de haver dois discursos: o discurso das populações que têm queixas e problemas e os discursos oficiais de que vivemos no Reino Maravilhoso. Às vezes o que falta é equilíbrio e diálogo”, considera o responsável. 
O representante do movimento frisa que a classificação de área protegida, como é o caso do Parque Natural de Montesinho, só faz sentido se contribuir para o desenvolvimento da região e não para acentuar a desertificação dessas zonas. “As áreas protegidas são muito boas e muito bonitas mas é se conseguirem trazer mais gente aqui, resolverem os problemas das pessoas que estão cá e as pessoas viverem felizes e contentes de estarem no seu território. Trás-os-Montes está a perder serviços e, qualquer dia, não há gente”, frisa Francisco Alves. 
O presidente do Município de Bragança, Hernâni Dias, reconhece que a regulamentação do Parque Natural de Montesinho pode, em certos casos constituir um entrave para as populações e até mesmo para os municípios. “Recordo que, ainda há bem pouco tempo, tivemos uma situação em que, por causa da limpeza dos caminhos, foram levantados autos à Câmara Municipal, e isto não é uma atitude muito simpática. Temos vindo a desenvolver algumas tentativas de alteração do Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho, no sentido de tentar eliminar ou colmatar os problemas que surgem”, revela o autarca. 
Descontente com a legislação inerente ao Parque Natural de Montesinho, no que toca à limpeza de terrenos e caminhos está Francisco Terrão de 73 anos, residente na aldeia de Varge, que foi acusado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) de ter cometido duas infracções graves por ter cortado ou arrancado 13 azinheiras e por abrir um caminho no terreno agrícola de que é proprietário próximo da aldeia. 
O agricultor garante que esse caminho existe há mais de cem anos e que apenas limpou o seu terreno. O processo remonta a 2013 e, entretanto José Terrão foi condenado a pagar 3 mil euros. No entanto a multa podia ir até 85 mil euros, o que deixa este agricultor indignado.”É uma vergonha. O Parque Natural de Montesinho deve ser implantado nas florestas e nos baldios, não nas propriedades. O proprietário deve limpar e limpar aquilo que ele queira”, considera Francisco Terrão. 
Por sua vez, o porta voz da Associação de Defesa da Sanabria e Carballeda, José Rodriguez Ballesteros, considera que é necessário mudar o modelo de gestão das áreas protegidas, “de forma que sejam os próprios habitantes dessas zonas a definirem as regras”. 
A par deste debate que contou com a presença de vários autarcas e representantes de associações do distrito de Bragança e do lado espanhol. Decorreu ainda o concurso “Espantalharte”, uma sátira aos problemas com que se deparam as populações do meio rural, representados através de espantalhos. 

Escrito por Briagntia

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