Grande parte da linha ferroviária do Tua foi suspensa em 2008, e o meio de transporte deixou saudades. A indefinição quanto ao futuro não agrada à população que antes era servida pelo comboio.
Em Abreiro falar da linha faz desfiar memórias e queixas. A esperança de que a ligação seja retomada ainda subsiste. Mas o brilho nos olhos regressa quando se fala das viagens que acompanhavam o curso de água. É um percurso que se confunde com muitos episódios das vidas dos habitantes desta aldeia no limite do concelho de Mirandela.
Maria Rosa Vassalo recorda que a primeira vez que andou de comboio foi quando “tinha 19 ou 20 anos, foi quando me casei, fui-me casar pelo civil a Mirandela e fui no comboio e vim”. Henrique Cardoso também se lembra bem de uma viagem importante quando foi para a tropa “de Tancos aqui demorei quase 24 horas”.
O desagrado aumenta de tom quando se fala na alternativa criada depois do encerramento da linha entre a estação do Tua, no concelho de Carrazeda de Ansiães, e o Cachão, onde termina actualmente a viagem para quem embarca no metro em Carvalhais ou Mirandela. O táxi que passa nas localidades das antigas estações faz apenas duas viagens e os horários não são do agrado de todos.
O presidente da junta de freguesia de Abreiro já fez um pedido para o horário do transporte alternativo ao metro ser alterado. “O táxi sai daqui ao meio dia e não é razoável”, acredita José Fernandes.
O presidente da junta fala do projecto para retomar o meio de transporte ferroviário com pouca esperança, já que com o passar do tempo a linha vai ficando mais degradada, sendo ao mesmo tempo alvo de assaltos. O último de que José Fernandes teve conhecimento registou-se na primavera deste ano.
Esta é uma reportagem que pode ouvir na íntegra hoje,na Brigantia, depois do noticiário das 17 horas e ler na edição desta semana do Jornal Nordeste.
Escrito por Brigantia
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