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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Plataforma Salvar o Tua diz que “Alto Douro Vinhateiro vai ser rasgado por postes metálicos do tamanho da Torre dos Clérigos”

Fotografia aérea "A Terceira Dimensão"
A Plataforma Salvar o Tua (PST) acusa a EDP de violar as recomendações da UNESCO ao propor linha de muito alta tensão no coração do Alto Douro Vinhateiro, embora, refiram em comunicado que o Ministério do Ambiente aprovou o projecto “desprezando a legislação ambiental comunitária”. A Plataforma Salvar o Tua já contestou a decisão e enviou hoje à UNESCO uma carta denunciando todas as irregularidades.

A Plataforma Salvar o Tua mostra-se muito crítica sobre o desenvolvimento do projecto que implica a construção da Barragem de Foz Tua e da rede eléctrica associada e num comunicado enviado à imprensa diz que “ a EDP quer e o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia aprova. A linha de muito alta tensão que a empresa propõe para ligar o Aproveitamento Hidroeléctrico de Foz Tua à rede nacional de electricidade viola imposições legais que a EDP está obrigada a cumprir, por ter sido autorizada a construir a barragem”, salienta a PST . 

Segundo a  argumentação da PST “ a Declaração de Impacte Ambiental (DIA), aprovada pelos serviços do ministério de Jorge Moreira da Silva, atribuiu um parecer favorável condicionado ao traçado «2SM». Este percurso encontra-se em clara infração ao estabelecido pela missão da UNESCO que, em junho de 2012, admitiu a eventual compatibilidade da barragem mas recomendando «fortemente» que a linha não cruzasse o Alto Douro Vinhateiro”. 

A rede de distribuição da energia produzida com a futura barragem invadirá os territórios durienses que “serão rasgadas por corredores de segurança desflorestados e por torres metálicas até 68 metros de altura, quase a mesma dimensão da Torre dos Clérigos, no Porto, ou a altura do tabuleiro da Ponte 25 de Abril, entre Lisboa a Almada”, alerta a Plataforma Salvar o Tua.

 Se o projecto for executado tal com está previsto, diz a PST que serão colocadas em “risco de morte espécies protegidas por lei, com ninhos na área, como a águia-de-bonelli (Aquila fasciata), o abutre-do-egito (Neophron percnopterus), o grifo (Gyps fulvus) e a cegonha-preta (Ciconia nigra), em clara violação do Direito Europeu”, e de entre “as opções consideradas como «melhores», no estudo de impacte ambiental, o traçado aprovado é o que acarreta maior destruição de vinha e de floresta e afectará os concelhos de Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo (Bragança), Alijó, Peso Régua, Sabrosa, Vila Real (Vila Real), Armamar, Lamego, São João da Pesqueira e Tabuaço (Viseu)", lê-se no comunicado da PST. 

Face a estes impactos, considerados de grande dimensão e inaceitáveis na óptica da Plataforma Salvar o Tua, a organização já interpôs junto do Ministro do Ambiente um recurso hierárquico relativo à Declaração de Impacte Ambiental da Linha de Muito Alta Tensão, porque considera esta decisão ilegal, tendo igualmente enviado uma carta à UNESCO denunciando "as ilegalidades e irregularidades cometidas pela EDP e pelo Governo na construção da barragem". Remeteu também à nova equipa da Comissão Europeia, assim que esta entrou em funções, um pedido de esclarecimento sobre a queixa feita em 2012, relativamente à construção da barragem, que ainda não teve resposta por parte da instituição comunitária. 

“Exigimos que as autoridades nacionais, europeias e a UNESCO cumpram as suas obrigações. Para além das ilegalidades, o que se está a fazer em Foz Tua é uma negociata - semelhante às más parcerias público-privadas - que afeta toda a gente, porque nos sai dos bolsos. Foz Tua é o melhor exemplo do pior da política portuguesa nos últimos anos”, defende João Joanaz de Melo, da Plataforma Salvar o Tua. 

No mesmo comunicado a Plataforma Salvar o Tua divulga ainda um dossier de sua autoria onde integra o «Requerimento para Interposição de Recurso Hierárquico relativo àDeclaração de Impacte Ambiental (DIA) do Projeto “Ligação à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade, a 400 kV, do Aproveitamento Hidroelétrico de Foz Tua”»; o « Relatório de infrações da Plataforma Salvar o Tua “Relatório sobre infracções no aproveitamento hidroelétrico de Foz Tua em matéria de mobilidade e protecção do Alto Douro Vinhateiro”, de 4 de junho de 2014» e a «Queixa à UNESCO: “Non-compliance of commitments by EDP and the Portuguese State on the Alto Douro Wine Region, concerning the Foz Tua dam high voltage power line”».

in:noticiasdonordeste.pt

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