Um festival itinerante, nas aldeias de Freixiosa e Vila Chã da Braciosa, para miúdos e graúdos que apreciem caminhadas, refeições apetitosas e “sestas burriqueiras”, oficinas instrutivas, boa música e muita festa.
Já está na estrada o Festival Itinerante de Cultura Tradicional “L Burro i L Gueiteiro”. A iniciativa é da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA) e vai levar os cerca de 400 participantes pelas pitorescas aldeias de Freixiosa e Vila Chã da Braciosa, no concelho de Miranda do Douro.
"É um festival diferente, decorre de forma itinerante e viaja por pequenas aldeias do planalto mirandês, tendo a particularidade de mostrar o que cada uma tem de melhor ao nível cultural ou dos seus valores naturais", conta à Renascença Joana Braga, da AEPGA.
Este festival caracteriza-se ainda pela dupla missão de “mostrar o melhor do Planalto Mirandês e quebrar, ao mesmo tempo, o estereótipo de uma cultura parada no tempo”.
O festival surge ainda como “um esforço para revitalizar e valorizar dois elementos chave da cultura mirandesa - o Burro de Miranda e o tocador de Gaita-de-Fole -, bem como para enfatizar a relação tradicional existente entre ambos”.
Ao longo dos cinco dias do festival, os participantes, ou burriqueiros, como são apelidados por terras mirandesas, têm oportunidade de interagir com a população na companhia do burro de Miranda e ao som de instrumentos tradicionais.
Trata-se, de acordo com a organização, de uma iniciativa cultural para miúdos e graúdos, que apreciem caminhadas, refeições apetitosas e “sestas burriqueiras”, oficinas instrutivas, boa música e muita festa.
"Por tudo isto, é ainda um festival familiar e relaxado, como se de um longo e preguiçoso domingo em família se tratasse, entre burros e ao som das gaitas-de-foles", diz Joana Braga.
O festival é coorganizado pela AEPGA, pela Galandum Galundaina Associação Cultural e pela Câmara de Miranda do Douro.
Revitalização da região
Para Joana Braga, dirigente da AEPGA “ a cultura da região está em constante transformação”, considerando que cabe à associação “a responsabilidade de contribuir com actividades criativas e de qualidade que a estimulem” e “isso significa trazer pedaços de outras culturas, mas também repensar o contacto com o que é de cá, e que continuamos a privilegiar”, realça.
A dirigente da associação sublinha ainda que um dos objectivos do festival é “fazer com que a arte e a cultura sejam motor de revitalização da região”, com novas aproximações artísticas, sociais e económicas, fomentando sinergias entre a fauna e a flora e o património cultural, material e imaterial.
Rádio Renascença
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