Revitalizar o ciclo da seda é um dos objectivos do Município de Freixo de Espada à Cinta. A vila transmontana é um dos poucos locais na Europa onde ainda se produz este tecido de forma artesanal, sendo o único na Península Ibérica.
Com a inauguração do Museu da Seda e do Território, este sábado, foi dado o primeiro passo nesse sentido. Já que o espaço museológico vai contar com duas artesãs a trabalhar este material, reproduzindo o processo na íntegra.
O próximo passo será criar uma nova associação de artesãos para que seja possível continuar e renovar o trabalho, com uma unidade produtiva, como explicou a presidente do Município de Freixo e Espada à Cinta, Maria Céu Quintas. “Será através desta associação que teremos de pôr a seda a produzir e pode ser uma das oportunidades para algumas em Freixo”, desafiando designers a trabalhar o material, de forma a criar novas peças.
O espaço integra a rede de museus do Douro, que tem 24 pólos. Um projecto em interligado, que pretende levar os visitantes às diferentes ofertas patrimoniais no território, como explicou o Director Regional da Cultura do Norte, António Ponte. “É um motivo para que as pessoas partam à descoberta a partir daquela estrutura. É importante que estes museus se constituam como unidades diferenciadas para que as pessoas as visitem, e aqui temos uma coisa completamente autóctone que é a seda”, refere.
O Museu da Seda e do Território estava projectado há alguns anos e foi agora possível concretizar. Para além de reproduzir o ciclo da seda, retrata o vasto espólio arqueológico do concelho, desde a pré-história passando pela época manuelina.
O projecto custou 600 mil euros, tendo sido financiado por fundos comunitários a 85 por cento.
Escrito por Brigantia
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