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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Encerramento das cooperativas de Bragança deixa espaços ao abandono

Com o declínio da actividade agrícola no concelho de Bragança, as cooperativas da cidade acabaram por encerrar, sendo agora espaços abandonados no meio da cidade.
As duas cooperativas que resistiram à viragem do século acabaram por desistir da actividade e fechar as portas nos últimos 5 anos.
Uma delas é a Cooperativa Agrícola dos Produtores de Batata de Semente de Bragança, que foi criada há mais de 6 décadas e em 2011 encerrou definitivamente. As instalações da cooperativa estão agora a caminho da ruína, sendo que o escritório chegou a ser arrombado e vandalizado e o espaço exterior foi recentemente ocupado por alguns animais.
O negócio da batata de semente que só era produzida nas terras altas deixou de ser rentável quando acabou o subsídio ao produto, como explica Fernando Lopes, que fez parte da última direcção da cooperativa. “A partir dessa altura começou a não se semear nem comercializar a nossa batata e os agricultores compram a batata estrangeira porque tem um melhor preço”, refere. A centralidade do edifício junto ao hospital de Bragança faz com que o destino seja disputado, apesar de incerto. 
A autarquia já demonstrou interesse na área, e outa das possibilidades passa por ceder as instalações para uma associação de produtores dos frutos secos. A infraestrutura serviria para calibrar, armazenar e comercializar os frutos. Uma cooperativa nesta área é considerada necessária para melhorar as condições para os produtores de castanha. “Os produtores poderiam ir vender à cooperativa e ela sempre conseguiria melhores preços do que oferece a concorrência, se houver uma cooperativa na retaguarda para os ajudar, criarmos melhores defesas aos agricultores”, afirma Fernando Lopes. 
Já a Adega Cooperativa de Bragança, que funcionava em Vale d’Álvaro, está também fechada e abandonada, desde 2010. A adega que tinha capacidade para receber cinco toneladas de uvas, trabalhava nos últimos anos com colheitas que oscilavam entre as 300 e 500 toneladas. 
De acordo com António Pires, que fez parte da última direcção, a cooperativa deixou de funcionar, com a definhar da produção vitícola no concelho. “Os agricultores começaram a arrancar as vinhas, porque não davam lucro e uma adega sem uvas não pode funcionar. Nos últimos anos que laborou, um empresário da zona do Porto comprava o vinho, mas pagava menos a cada ano”, salienta. 
Depois de encerradas resta agora definir se o futuro dos espaços passará por instalações de serviços, imobiliário ou utilização por parte de outra cooperativa. 
Esse é o tema de uma reportagem que pode ler na edição desta semana do Jornal Nordeste, que chega hoje às bancas. 

Escrito por Brigantia

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