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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Politécnico de Bragança equivale a dinâmica económica de 80 empresas

Instituição tem sido fator de desenvolvimento para uma região envelhecida.
Numa região de onde "tudo foge", há 30 anos que o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) é fator de atração de professores e alunos e um motor económico comparado a 80 empresas com cem funcionários cada.

"Ninguém concebe Bragança sem o Politécnico", vinca à Lusa o fundador Dionísio Gonçalves, professor que trocou a cátedra da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro pela criação daquela que é a terceira maior empregadora do distrito de Bragança e geradora de negócios.

Aquele docente, que esteve à frente da instituição durante 23 anos, lembra que "quase 80 por cento" dos cerca de 400 professores "emigraram do litoral para o interior", assim como 75 por cento dos estudantes são oriundos de fora da região.

Dionísio Gonçalves foi o rosto da luta pela elevação do Politécnico a Universidade, algo que nunca aconteceu. Ainda assim, garante que não se sente derrotado.

"Conseguimos alcançar o objetivo de outra maneira: fizemos a universidade por dentro", defende.

O professor jubilado, que faz parte do Conselho Geral e continua a fazer investigação no centro de Montanha, o CIMO, defende que o que se conseguiu desde a fundação "é ensino universitário na mesma".

"Vejam-se os rankings em que a instituição está. É universitária em qualquer parte do mundo, em pé de igualdade com dezenas de universidades", afirma, apontando o ranking europeu que, pelo terceiro ano consecutivo, atribuiu a Bragança o estatuto de melhor politécnico do país e o único no top 10 das instituições de Ensino Superior portuguesas.

Tudo começou há 33 anos com 120 alunos e duas escolas, as superiores Agrária e de Educação, a que se seguiu a de Tecnologia e Gestão com um polo em Mirandela, há 20 anos, que se autonomizou na escola de Turismo e Comunicação.

A estas junta-se ainda a Escola Superior de Saúde, com um total de perto de sete mil alunos, entre os quais mil estrangeiros de 35 nacionalidades, e os chamados novos públicos, como os maiores de 23 ou os cursos técnicos.

Com mais de mil professores e funcionários, o instituto é dos maiores geradores de emprego e volume de negócios da região, impulsiona uma faturação anual de 52 milhões de euros e a ocupação de mais de dez por cento da população ativa.

As conclusões são de um trabalho de doutoramento realizado na instituição, que indica ainda que a atividade económica do IPB corresponde a 8,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dos concelhos de Bragança e Mirandela.

O presidente, Sobrinho Teixeira, tem reiterado que a vida académica do IPB equivale à dinâmica económica de 80 fábricas com uma centena de funcionários cada.

Se desaparecesse, "era desastroso, inimaginável", na opinião do fundador Dionísio Gonçalves.

A cidade cresceu para albergar a comunidade académica e a face mais visível é em redor do campus da Quinta de Santa Apolónia, que concentra serviços e escolas.

A zona histórica de Bragança tornou-se multicultural, com alunos de diferentes nacionalidades a ocuparem as residências para estudantes estrangeiros em edifícios recuperados para o efeito.

Os negócios vivem dos estudantes, desde a restauração, a material para os estudos ou a animação noturna.

O Gabinete de Empreendedorismo já ajudou atuais e ex-alunos a criarem, em menos de cinco anos, quase três dezenas de empresas com 65 postos de trabalho e um volume de investimento próximo de 1,6 milhões de euros.

Acresce, ainda, a transposição para a comunidade da investigação feita na instituição, como o remédio para debelar o cancro do castanheiro ou o apoio à olivicultura, duas das mais importantes culturas da região.

O IPB tem uma das investigadoras portuguesas mais citadas a nível mundial na área agroalimentar.

O fundador Dionísio Gonçalves lembra, também, "a quantidade enormíssima de diplomados integrados no tecido empresarial regional e apontou o exemplo do atual diretor da fábrica de Bragança da multinacional de componentes para automóveis, a Faurécia, que é um antigo aluno do IPB.

Agência Lusa

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