Em novembro do ano passado, o Partido Ecologista os Verdes aprovava em Assembleia da República, por maioria de esquerda, a criação de um Plano Nacional Ferroviário.
O prazo definido para que fosse feito um documento estratégico sobre o tema era um ano. A dois meses da data-limite, ainda nada foi feito, diz o deputado do Bloco de Esquerda, Heitor de Sousa, que garante, no entanto, que faz sentido falar da criação deste Plano, mesmo com as recentes decisões sobre a Linha do Tua, que quase atira o troço para fora da Rede Ferroviária Nacional, e com a utilização turística da Linha do Douro.
“A existência de um Plano Ferroviário Nacional foi uma resolução da Assembleia da República aprovada por larga maioria, a sessão legislativa que ainda não se concluiu. Apontava para a elaboração de um Plano Ferroviário Nacional no espaço de um ano. Esse tempo está a acabar, e, infelizmente, não temos notícia de que esteja em elaboração.
Mas estamos atentos, e em breve vamos voltar a pôr o assunto na agenda da Assembleia da República.”
Além de investir na ferrovia ser uma forma de promover a coesão territorial, que, na opinião de Heitor de Sousa, é um investimento estratégico entendido por todos os partidos políticos, apesar de depois não ser o que sucede na prática, o deputado bloquista lembra que Portugal assumiu compromissos europeus que podem passar pela reabilitação dos caminhos-de-ferro.
“A concretização dos compromissos que Portugal tem no âmbito das Nações Unidas e dos acórdãos globais do COP 21, da Cimeira do Clima, que se realizou em Paris em 2015, onde se defende, precisamente, que as soluções de transporte que vêm ser favorecidas e protegidas são as ferroviárias, contra as rodoviárias que em muitos casos, infelizmente, contribuem para uma maior emissão de gases poluentes, responsáveis pelo efeito de estufa.”
Por isso, e apesar do deputado entender que só depois de o Governo responder às questões colocadas pelo partido sobre a desqualificação de dois troços da Linha do Tua é que se vão poder manifestar com mais certezas, acredita que a decisão de entregar a privados as linhas ferroviárias a privados, nomeadamente a empresas turísticas, pode ser revertida.
“Neste processo de entrega a privados, a uma empresa que não tem competências legais e profissionais para o fazer, é até surpreendente que o Governo atribua (aparentemente, porque são situações das quais não temos confirmação. E são essas as razões que nos levam a fazer perguntas, para obter informações sobre assuntos que apenas conhecemos pela imprensa) à Douro Azul.
Admitindo que as informações que temos vão nesse sentido, achamos surpreendente que uma empresa de turismo fique com a responsabilidade de fazer a manutenção de uma linha ferroviária. É preciso que tenha competências para isso, e que seja certificada, para que esse tipo de intervenções se possam fazer.”
A opinião de Heitor de Sousa, deputado do Bloco de Esquerda, que deixa a promessa de levar a ferrovia nacional, em breve, a discussão na Assembleia da República.
Escrito por ONDA LIVRE
Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário