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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Em Uva há quem passe férias a recuperar pombais

Em Uva, Vimioso, já é habitual no verão ouvir-se falar várias línguas. A pequena aldeia de 50 habitantes cresce nesta época devido à vinda de participantes do Campo de Trabalho Voluntário Internacional. Este ano, foram 22 voluntários, que entre 16 e 27 de Agosto participaram no iniciativa, que tinha como objectivo recuperar dois pombais tradicionais da aldeia.
22 jovens oriundos de França, Finlândia, Eslováquia, Croácia, Espanha, Itália e China estiveram 11 dias na aldeia de Uva para ajudar a dar uma nova oportunidade a construções antigas que vão servir novamente de abrigo a pombas.

Este foi o 45.º Campo de Trabalho Voluntário promovido pela Palombar, associação sedeada em Uva, e a maioria das iniciativas foi dedicada ao restauro de pombais.

Ao longo dos 16 anos, não é fácil lembrar quantos pombais foram já recuperados.

“Já perdemos a conta”, refere Teresa Nóvoa, da direcção da Palombar. Mas fazendo um exercício de memória as estruturas recuperadas, quer com recurso à ajuda dos voluntários, em campos de trabalho quer no trabalho regular da associação, a Palombar terão sido centenas de pombais tradicionais, não só em Vimioso, mas em vários concelhos do Nordeste Transmontano.

Teresa Nóvoa, da direcção da Palombar, diz que só em Uva foram recuperados cerca de 20 pombais dos quase 50 que há na aldeia.

A associação, que está no seu 16.º ano da existência, continua a atrair voluntários, quase sempre estrangeiros, com os seus projectos.

Depois de ter escolhido Uva para fazer voluntariado através de uma pesquisa na internet, Claudio Agrelli, de Milão, explica que se considera “sortudo”, por ter podido viver esta experiência.

“Estou a gostar muito de estar aqui, está a ser uma experiência fantástica, conheci muitas pessoas extraordinárias de toda a Europa e não só. O trabalho é duro, mas é agradável”, refere o italiano, que quis ter umas férias diferentes e não ir com os amigos para a praia como é costume. “Queria construir e fazer alguma coisa prática, e pôr a minha energia e entusiasmo ao serviço de um projecto como este” e como queria visitar Portugal, esta pareceu a escolha indicada. “Adoro este lugar, pude desligar da vida real, estou em contacto com a natureza e com animais”, diz entusiasmado.

Roberto Talloru é recém-licenciado em arquitectura e pela primeira vez em Portugal, destaca o que aprendeu sobre construções tradicionais.

O recém-licenciado em arquitectura refere que “gosta da natureza e da construção típica daqui”. Algumas técnicas tradicionais são similares às da sua região, a Sardenha, mas os pombais são uma absoluta novidade. Pela primeira vez em Portugal, destaca da experiência o facto de conhecer outras pessoas de outras culturas e diz que em Itália “não é fácil encontrar um sítio assim, com aldeias muito pequenas”.

De mais longe, viajou Reagan Ho, natural de Hong Kong, que nunca tinha experimentado o estilo de vida que encontrou no nordeste transmontano.

“Queria passar umas férias na Europa e queria conhecer mais pessoas de todo o mundo. Aqui pude trabalhar com arquitectura histórica, por isso escolhi vir para cá e também porque nunca tinha estado em Portugal”, justifica o jovem, que não deixa de frisar que adorou “a pequena aldeia”, até porque “nunca tinha experienciado este estilo de vida antes”, onde pode ver galinhas, vacas e porcos.

Os pombais marcam em definitivo a paisagem e os habitantes falam orgulhosos do trabalho, que tem sido desenvolvido na aldeia.

E o impacto da Palombar nota-se de forma mais permanente, já que actualmente há oito jovens a viver em Uva, que trabalham na associação.

A aldeia de Uva, Vimioso, com apenas 50 habitantes conhece dias animados no verão com chegada de visitantes que se dedicam a recuperar construções tradicionais. 

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro

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