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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Fábricas de Destilação de Vinho em Bragança e Distrito

Por alvará de 23 de Março de 1858 foi autorizado José de Sá Pilão a fundar uma máquina de destilação de vinhos para aguardente na margem esquerda do Sabor, próximo a Bragança.

O referido alvará classifica este estabelecimento entre os perigosos de segunda classe e impõe à sua construção as seguintes condições:

1.º Remover cuidadosa e prontamente para fora do edifício os resíduos da destilação;

2.º Cobrir de lageado ou calçar de pedra miúda o pavimento inferior da oficina;
3.º Dar à fábrica uma ventilação ampla (974).

Estas condições eram geralmente impostas a todos os edifícios deste género.

Por alvará de 27 de Abril de 1858 foi concedido a Diogo Albino de Sá Vargas montar uma máquina de destilação de vinhos no sítio da Calçada, na cidade de Bragança, e por outro de 30 de Abril do mesmo ano foi autorizado Manuel Paulino de Oliveira a montar outra em Gimonde(975).
Em 1861 montaram-se mais as seguintes: em Armoniz, Rebordelo e Bouça, tudo no distrito de Bragança(976).
Em 1862 montaram-se mais as seguintes máquinas de destilação: nas povoações de Carção, Alfândega da Fé (na Rua dos Olmos), Quintas de Vilar, freguesia de Milhão, Brunhosinho e Nuzedo de Baixo(977).

(974) Livro do Registo da Câmara de Bragança, fl. 184.

(975) Ibidem, fl. 187 v.
(976) Diário de Lisboa, de 3 de Janeiro de 1862.
(977) Diário do Governo, de 3 de Janeiro de 1863.

Em 1863 criaram-se também idênticas máquinas em Vilarinho das Azenhas, concelho de Vila Flor, Rego de Vide e Vale de Gouvinhas, concelho de Mirandela (978).
Além destas, sabemos que houve várias outras, embora não as encontrássemos mencionadas em documentos autênticos, como foram perto de Bragança, Babe e Rabal.
A de Baçal, terra de naturalidade e morada do autor destas linhas, foi montada por António Caetano de Mesquita Antas e Luís Bernardino Lopes, a isso autorizados por alvará de 8 de Dezembro de 1861 (979).
O phylloxera vastatrix, que desde 1886 por diante destruiu os nossos vinhedos, acabou com esta grande fonte de receita que anualmente deixava no distrito de Bragança centenas de contos de réis, e lançou seus habitantes nos horrores da emigração que, em média, lhe rouba por ano cinco mil pessoas – os seus melhores elementos de trabalho!
A Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro teve uma fábrica de destilação de aguardente na zona do Quadraçal, concelho de Mirandela, na conformidade do alvará, com força de lei, de 16 de Dezembro de 1760.

(978) Diário de Lisboa, de 19 de Janeiro de 1864.

(979) Ibidem e Livro do Registo da Câmara de Bragança, fl. 227.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

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