O livro dá a conhecer vivências do mundo rural. A obra da autoria da Sambadense Virgínia Azevedo foi apresentado a 19 de agosto na Casa do Povo de Sambade, atual Centro Cultural Tecnológico.
“Histórias de Gente Simples” retrata as vivências de um mundo rural “perdido” na meninice e juventude da autora. “Escrevo estas minhas vivências e lembranças para que não se perca com a minha memória um passado que, feliz ou infelizmente, já não tem presente.”, refere.
São histórias de Gente Simples, uma coletânea de 19 histórias que, agora, com o apoio da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, Virgínia Azevedo decidiu tornar públicas. As malhadas, as segadas, o entrudo, a matança do porco, os trabalhos agrícolas, o dia-a-dia de uma aldeia e das suas gentes no Portugal da década de 60/70 do século passado, ganham vida neste livro. “ (…) Muitos destes textos contêm descrições etnográficas importantíssimas e que importa preservar, não passando despercebido o especial contributo que a autora dá em assuntos como a gastronomia local, em alguns casos de forma tão pormenorizada que certamente permitirão experimentar as ementas!”, Escreve Francisco José Lopes no prefácio que acompanha a obra.
Para a Presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, Berta Nunes, “este livro com histórias contadas quase na primeira pessoa, histórias vividas que evocam tempos passados, é um testemunho único na forma e no conteúdo.
Não sendo um livro etnográfico é rico em informações sobre os trabalhos agrícolas, as festas, a alimentação e a forma de cozinhar e comer os alimentos que se produzem localmente, sendo um relato pormenorizado de um tempo passado, que embora com grandes mudanças ainda tem continuidade no presente.” Daí que refira que “este é um testemunho para memória futura que a autarquia tem o maior gosto em apoiar.”
A divulgação e valorização dos traços identificativos do território tem sido uma das linhas seguidas pela Câmara Municipal, ciente de que só se pode valorizar e preservar aquilo que se conhece.
A edição deste livro é disso exemplo e assume complementaridade com outro projeto recentemente criado em Sambade e no qual a autora está particularmente envolvida. Trata-se do Centro de Interpretação do Território, mais concretamente da exposição etnográfica patente na sala Sambade. Virgínia Azevedo esteve na linha da frente na recolha e organização do espólio que compõe este espaço, enquanto membro da Junta de Freguesia na altura liderada por Carolino Pimentel. Primeiramente o espólio esteve exposto numa sala na sede da Junta, ganhou lugar próprio no Centro de Interpretação.
O livro “ História de Gente Simples” pode assumir-se como um guia para melhor compreender e conhecer os objetos e histórias que a Sala Sambade também tem para contar.
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