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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Professor brigantino afirma que desadaptação entre material circulante e a via foi a causa do acidente fatal na linha do Tua

O professor brigantino Mário Vaz, que integrou a equipa responsável pela peritagem ao acidente da Linha do Tua de 2008, que fez uma vítima mortal e levou ao seu encerramento, refere que o que esteve na origem do descarrilamento foi a desadaptação entre o material circulante e a via e acusa a CP de falta de manutenção.
O docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e investigador do INEGI – o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, recorda a avaliação que foi à época por solicitação do ministério da administração interna e perante as condições de falta de manutenção ficou surpreendido por não ter acontecido um acidente fatal antes.

“A determinada altura decidiu-se reestruturar o material circulante, mantendo a estrutura de base das automotoras anteriores e colocando em cima estruturas em fibra, mas isso criou uma desadaptação entre as suspensões do material circulante e a via de caminho-de-ferro e criou situações para descarrilamentos. O facto de ser operada a baixas velocidades foi uma espécie de anjo-da-guarda durante muito tempo, esse não foi o único descarrilamento mas foi fatal”, afirma.

Para o especialista em engenharia mecânica, havia à altura capacidade para se avaliar a qualidade do serviço, no entanto, esse conhecimento nunca foi utilizada pela CP.

“Percebemos que tinha havido um grande desleixo durante muitos anos. Podíamos ver o know-how da CP, com a manutenção, os chefes de lanço que andavam com um calibre a pé para conferir as distâncias entre os carris, e de repente toda essa gente foi despedida tudo acabou e manteve-se uma via nessas circunstâncias, praticamente sem manutenção, o que terminou num acidente fatal que levou ao encerramento da via”, explicou o investigador.

O docente que começou em 1997 a colaborar com o Instituto Politécnico de Bragança, destaca o papel e a evolução desta instituição de ensino superior. E considera que para evitar a perda de alunos, o politécnico deve apostar em áreas distintivas da região.

“Acho que o IPB devia apostar naquilo que tem, que o distingue de outras instituições congéneres. O facto de estar numa região fortemente agrícola, que tem vindo a crescer em ternos de prestígio dos seus produtos, desde os enchidos ou a castanha, que poderão justificar um investimento mais dirigido da investigação no IPB, dando-lhe a especificidade que talvez precise para se distinguir e Bragança tem tudo para crescer”, sustenta Mário Vaz.

Estes são alguns dos temas de uma entrevista ao professor e investigador Mário Vaz, natural de Bragança, que pode ouvir na íntegra mais logo depois do noticiário das 5 da tarde, na Brigantia, e ler na edição desta semana do Jornal Nordeste. 

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro

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