(colaborador do Memórias...e outras coisas...)
Hoje fui à aldeia e os milagres acontecem na minha ausência. Lembram-se daquela laranja verde que eu disse que era muito importante para mim porque era única? Pois resistiu à calmaria do Verão, está a resistir, estoicamente, às geadas da Terra Fria e finalmente deixou de ser uma laranja verde para se anunciar, em todo seu esplendor, como uma laranja cor de laranja.
Trago esta notícia porque sei que as minhas amigas e amigos gostam de saber das notícias da aldeia, mesmo das mais simples, mas todas verdadeiramente importantes. E também porque sei, que felizmente, se alegram com as minhas alegrias e ficam tristes com as minhas tristezas. A vida é na verdade muito bonita.
… e o Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry tão perto, quase no meu quintal: “Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo: (…) Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.”
… obrigado por gostarem da minha laranja!... e da minha laranjeira… e pela amizade.
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.
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