O presidente da Câmara de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, reclamou hoje a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde local, encerrado com a reforma da saúde de 2008.
Em declarações à agência Lusa, o socialista Artur Nunes disse que “há uma necessidade de rever os protocolos assinados entre o Governo e as autarquias relativamente a reorganização do sistema de saúde em todo o distrito e que ditou o encerramento de um conjunto de SAP, incluído o Miranda do Douro".
Para o autarca de Miranda do Douro “é tempo de fazer uma reavaliação ao estado da saúde no distrito de Bragança e equacionar, de uma vez por todas, a abertura dos Centros de Saúde durante o período noturno".
Ainda segundo Artur Nunes, o Governo não pode avançar com a atribuição de competências às autarquias, sem que em matéria de saúde não seja revista a dotação dos Centros de Saúde de médicos ou enfermeiros e a possibilidade de fazer exames complementares de diagnóstico, a fim de evitar deslocações aos hospitais regionais e nacionais.
"Pretendemos oferecer às populações que vivem em territórios do interior, uma maior proximidade com os serviços de saúde, já que há um elevado número de envilecimento populacional, e em alguns casos sem capacidade de mobilidade", indicou.
No caso de Miranda do Douro, as deslocações para Bragança, fazem-se algumas vezes por estradas espanholas devido ao traçado "sinuoso das rodovias portuguesas", que fazem a ligação à capital de distrito, disse.
No distrito de Bragança foram encerrados em 2008 SAP nos concelhos de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vimioso e Vinhais".
Na altura, o encerramento dos SAP levou a um conjunto de manifestações populares.
Agência Lusa
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