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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

O FUTURO DA PÁTRIA DEPENDE DA FORMA COMO SE EDUCA A JUVENTUDE

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas..."
Há uma máxima, que todo o agricultor conhece: “ Colhe-se o que se semeia”.
Se, semeamos boa semente, e se cuidarmos da planta com carinho: livrando-a de parasitas, adubando e estrumando bem a terra, colher-se-á bons frutos: em tamanho e qualidade.
Ora o que se passa com as plantas, acontece com as nossas crianças.
Se quisermos sociedade: justa, honesta e sadia, teremos de cuidar da juventude. Os pais, como primeiros educadores, devem inculcar, desde a mais tenra idade, hábitos bons: ensinando-os a respeitar os mais velhos; a utilizarem as palavras e frases, que lubrificam as relações humanas, tais como: “ Muito obrigado.” “ Não tem de quê.” “ Por favor.”…
Educar não é só teoria, nem palavras, mas exemplos. A criança é ótima observadora, e repete sempre: gestos, atitudes, vocabulário e comportamentos que presenciam em casa.
Mais tarde, cumpre à Escola, complementar a missão dos pais.
Não incutindo (como se faz em alguns estabelecimentos de ensino,) nas mentes em formação: aberrações e imoralidades, embuçadas na manta de democracia, e muito menos, semear a depravação, sob a forma de Arte; mas, ensinando as regras: morais e cívicas, há muito enraizadas na alma da nação.
Se deixarmos a juventude ser educada pela TV, sem regras, sem princípios morais e sem respeito pelos mestres, não estamos a criar, apenas, delinquentes, mas a pôr em perigo o futuro da Pátria: a formar políticos e leitores corruptos, professores imorais e juízes iníquos.
A semente pode ser boa (leia-se o jovem,) mas se a terra não for apropriada, e não cuidarmos da criança, ela não dará bons frutos.
Certo pastor baptista, contou-me. Num congresso em Madrid, alegoria sobre a fé e o trabalho dos crentes, que se pode adaptar à educação:
Se pretendemos bons bolbos de tulipas, teremos de os importar da Holanda.
Lançamo-los à terra, crescem, e darão flores perfeitas. Mas se os guardarmos para florirem no ano seguinte, já não produzem a mesma qualidade, e no decorrer do tempo, degeneram-se, e teremos que ir à “fonte” adquirir outros.
E por que degeneram?
Porque não soubemos cuidar como devia.
Acontece o mesmo com os jovens. Se não os educarmos para serem homens honestos, rígidos no comportamento e na moral, “degeneram “, e teremos geração de: corruptos, impostores, viciosos e criminosos.
O futuro das instituições, está nas nossas mãos.
Se desejamos coletividade, depravada, entregue ao vício e ao desrespeito, diremos aos nossos filhos: “Tudo vos é permitido “. Se queremos sociedade, onde impere a Caridade e o Amor, ensinemos: “ Nem tudo é permitido, mas apenas o que vos torne espiritualmente melhor “.
A escolha é nossa. A velha Roma escolheu o caminho da liberdade e do prazer, e sucumbiu.
O que nos acontecerá, se não mudarmos de caminho?


Humberto Pinho da Silva nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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