No dia 1 de maio, os Consagrados da Diocese de Bragança-Miranda foram em passeio a Palaçoulo, Miranda, Genísio e ao Santuário N ª Sª do Naso.
Deslocando-se cada comunidade em transporte próprio, pelas 10h, encontrámo-nos em frente do restaurante Imperial, em Palaçoulo. Depois das saudações calorosas e alegres entre os membros das diversas comunidades, fomos visitar a fábrica de navalhas de José da Cruz, tendo-nos o Sr. José da Cruz, o dono da fábrica, acompanhado pelo filho, Daniel, explicado o processo da fabricação das navalhas, mostrando-nos, por fim, as navalhas já prontas. Depois de apreciadas, fizemos as nossas compras.
De seguida, guiados pela Sr. António Cangueiro, membro da Comissão Fabriqueira da paróquia de Palaçoulo, dirigimos, em caravana, ao local do futuro Mosteiro Trapista de santa Maria, Mãe da Igreja, que fica a cerca de um km da aldeia de Palaçoulo. Era este o motivo principal da nossa visita a Palaçoulo! Aí chegados, o Sr. António explicou-nos como a Comissão Fabriqueira se empenhou em adquirir os 30 hectares que as Irmãs pediram para a implementação do mosteiro, mostrando-nos o local onde vai ser construída a hospedaria e o mosteiro. De seguida, fizemos uma breve oração, cantando o Salmo 62 e agradecendo ao Senhor o dom da Vida consagrada na Igreja e vinda das Monjas trapistas para aquele local, tendo sido lido, no fim (pela Ir. Dulce, Secretária da CIRP Regional), um pequeno texto, para memoria da nossa visita, como segue (que iremos fazer chegar às Monjas Trapistas):
“Os Consagrados da Diocese de Bragança-Miranda visitaram o local do futuro Mosteiro Trapista de Santa Maria, Mãe da Igreja, de Palaçoulo.
Assim, na oração matinal recitaram o Salmo 62, de louvor, gratidão e acção de graças ao Senhor Deus.
Neste gesto simples, querem assinalar a sua presença, desejando as boas-vindas à querida Comunidade Monjas Cistercienses de Estrita Observância.
Saudações fraternas dos Consagrados.
Palaçoulo, 1 de maio de 2018.
A CIRP Regional”.
Regressamos à aldeia de Palaçoulo, e fomos visitar a Casa Museu do Sr. José Francisco, de feliz memória, que o filho, David, teve a amabilidade de nos mostrar. A Casa Museu é hino à cultura rural mirandesa, ricamente legendada em versos, em mirandês, da autoria do Sr. José Francisco. Maravilha!
Seguiu-se o almoço, pelas 12.30h, muito bem servido, no restaurante Imperial, de Palaçoulo. Para que todos se recordem deste dia, no fim do almoço, o Secretariado da CIRP Regional ofereceu a cada consagrado(a) uma navalhinha de Palaçoulo com a inscrição: “Passeio da CIRP 2018”. Antes de seguir viagem, sob a guia do Sr. António Cangueiro, fomos visitar a Igreja Matriz de Palaçoulo (de 1803) e o Dono da Casa, Nosso Senhor Jesus Cristo, nossa alegria e a razão de ser na nossa vida.
Seguimos, de imediato, pelas 14.00h, para Miranda do Douro, onde o Pe. Manuel Marques, pároco da cidade, nos esperava, para nos abrir a porta da Concatedral, pois, por ser feriado, estava fechada. Depois de visitar Jesus, no santíssimo Sacramento, ouvimos a Lenda do Menino Jesus da Cartolinha, cantámos o Regina Caeli, nos “cadeirões dos Cónegos” da catedral, e visitámos o referido Menino Jesus da Cartolinha, no seu típico e encantador Nicho. Saindo da Concatedral, seguimos imediatamente, pelas 15h, para o Museu da Terra de Miranda, instalado na antiga Domus Municipalis da cidade, edifício do século XVII, onde a Celina amavelmente nos esperava. Lindo museu, que valeu a pena visitar! Fomos ainda brindados com os sons melodiosos de algumas gaitas de fole, que davam um pequeno concerto em frente a Concatedral. De passagem, tivemos a oportunidade de ver as ruínas da Paço Episcopal e dar uma olhadela à placa dos Bispos de Miranda, desde que a Diocese foi criada, em 1545, até à mudança da Sede para Bragança, em 1780.
A comunidade das Irmãs Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado de Miranda do Douro, constituída por 3 Irmãs, que foram ao nosso encontro com um belo gesto de hospitalidade franciscana, não nos deixaram seguir viagem sem que visitássemos a sua nova casa.
Seguimos para Genísio, a terra Natal do Pe. Basileu, onde fomos visitar a Capela de S. Ciríaco, de 1262. Desde então até 1545 (altura da criação da Diocese de Miranda), o termo de Genísio pertenceu ao Mosteiro Cisterciense de Moreruela, próxima de Zamora. Mesmo junto da Capela de S. Ciríaco, visitámos a “Frauga” (Forja) de “l Tiu Tibério Delgado”, fabricante de navalhas artesanais, muito apreciadas por cortarem bem, e de outros utensílios da lareira mirandesa. Podemos ver o típico fole da forja e ouvir, em mirandês, como é que “L Tiu Tibério” se fez fabricante de navalhas.
Depois de comprar as navalhas de Genísio, seguimos para o Santuário de Nª Sª do Naso, onde chegámos pelas 17.10h. Aí nos esperavam os Mordomos do Santuário, que a nosso prévio pedido, amavelmente nos abriram a Igreja de Nª Senhora do Naso, para celebrarmos a Eucaristia, concluindo da melhor maneira a nosso passeio/peregrinação. Além do nosso grupo de 25 consagrados (22 consagradas e 3 consagrados), associaram à celebração algumas pessoas de Genísio e da Póvoa. Presidiu à Eucaristia o Pe. Basileu, Presidente da CIRP Regional, que, na homilia, se referiu à paz que Cristo Morto e Ressuscitado nos dá, Ele que “nos amou e se entregou por nós”. Referiu-se também à alegria do Tempo Pascal, como antegozo, da bem-aventurança eterna, que nós, os consagrados, somos especialmente chamados a testemunhar.
O nosso passeio concluiu-se com o abundante lanche ajantarado que a Comunidade das Servas Franciscanas de Miranda, tiveram a amabilidade de nos oferecer, na Zona de Merendas do Santuário do Naso, onde tivemos ocasião de mostrar a verdade do adágio que vimos no museu de Miranda, em mirandês: “De la pança ben la dança”. Depois de cantar e dançar, pelas 19h, despedimos, com alegria, uns dos outros e seguimos, de regresso, às nossas comunidades, para contar aquilo que o Senhor fez em nós neste de passeio comunitário dos consagrados.
Pe. Basileu Pires, MIC
Diocese Bragança-Miranda
Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário