Enfermeiros reivindicam nova proposta de revisão das carreiras com dois dias de greve

Os enfermeiros iniciam hoje dois dias de greve. Os profissionais de saúde exigem ao Governo uma nova proposta de revisão das carreiras.

A paralisação começou no turno desta manhã. Esta manhã, no hospital de Bragança os efeitos faziam-se já sentir. A paralisação apanhou de surpresa alguns dos utentes que iam ter consulta. "Estou à espera que me chamem para medir as tensões mas não sei se me chamam ou não mas a consulta de momento está marcada. Não sei se vêm os enfermeiros ou não. Ainda não vi ninguém. Parece-me normal, para mim têm toda a razão porque estão a reivindicar, se lhe prometeram e não estão a cumprir, acho que têm toda a razão", contou um dos utentes, esta manhã no hospital de Bragança. "Espero não ter qualquer problema nem atraso. Não sabia desta greve", contou outro utente.

A dirigente regional do sindicato dos enfermeiros portugueses, Elisabete Barreira, explicou esta manhã que a greve está a afectar a 100% seis serviços. "A adesão dos enfermeiros na unidade hospitalar de Bragança ronda os 72%, ainda estamos a fazer alguma recolha de dados, já recolhemos também em Macedo de Cavaleiros que está na ordem de 70%. Falta-nos recolher dados em Mirandela e nos centros de saúde. Neste momento a 100% de greve temos os serviços de traumatologia, de cirurgia, de medicina, de medicina intensiva, de urgência e o bloco operatório".

A valorização salarial de toda a grelha é a principal exigência dos enfermeiros. Outra das reivindicações é o suplemento atribuído aos enfermeiros com funções especializadas e pedem ainda que seja aplicado o horário de 35 horas semanais para todos os enfermeiros.

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro e Carina Alves