quarta-feira, 27 de março de 2019

Festival Vinte e Sete arranca hoje em Bragança

Hoje assinala-se o dia mundial do teatro e em Bragança e Vila Real brinda-se à data com o arranque do festival Vinte e Sete, dedicado à dramaturgia.
O teatro Municipal de Bragança recebe esta noite, às 21h30, a peça “A criada Zerlina” e a programação vai destacar para os clássicos, como referiu a directora do espaço cultural, Helena Genésio. "A maior parte dos espectáculos são grandes clássicos. É tempo, se calhar, de os revisitar e não é por acaso que todas as companhias e todos os actores estão com vontade de visitar ou revisitar os clássicos. Este festival é também um pouco a mostra do que acontece a nível nacional e é nesse sentido que nós abrimos o festival, aqui em Bragança, com um grande clássico: "A criada Zerlina" de Hermann Broch e que é um belíssimo monólogo interpretado pela imensa actriz que é Luísa Cruz. Abrimos com chave de ouro".

O festival traz oportunidades únicas para a população de Bragança assistir a peças que passam por grandes palcos nacionais. "Há uma peça que vem logo a seguir, que é uma estreia nacional aqui, os actores e a equipa artística escolheram estrear em Bragança, para depois fazer a sua carreira por todo o país. O "Frei Luís de Sousa" estreou também há três semanas no Teatro Nacional Dona Maria II e vem agora para Bragança. São espectáculos que estreiam em Bragança e se não estreiam cá vêm logo a seguir para cá porque, de facto, este festival e este nosso teatro está no roteiro das grandes companhias de teatro".

Textos de Shakespeare, Tennesse Williams, Ésquilo e Almeida Garrett vão ganhar vida ao longo do próximo mês nos teatros de Bragança e Vila Real. Para completar a programação, o 15.º festival Vinte e Sete inclui ainda um workshop sobre teatro português em Vila Real e uma homenagem ao Teatro do Bolhão em Bragança.

Neste dia mundial do teatro, conhecemos também projectos de teatro amador. Em Bragança, o grupo Fisga vai apresentar esta tarde, às 14h30, no Auditório Paulo Quintela, uma peça com base em histórias da tradição oral transmontana, como adianta Acácio Pradinhos. "Há o contador puro, que se expõe perante o público, que sou eu, conta uma série de histórias, no estado mais natural, só, a máscara, os gestos e a palavra contra a plateia. Depois, há momentos em que as histórias são contadas de formas diferentes, são contadas sob a forma de peças de teatro dramatizadas".

Em Macedo de Cavaleiros, também para assinalar o mês do teatro, o grupo AJAM estreou no passado sábado a peça “O Estranho Caso”. Julieta Carneiro, da Associação Juvenil dos Artistas Macedenses, diz que o grupo podia contar com mais apoios económicos mas uma das grandes contrariedades é a falta de pessoas. "A dificuldade passa pela gente, que podia ser mais, realmente, e principalmente pessoas do sexo masculino, que é uma dificuldade que nós temos enfrentado. Tem sido bastante complicado porque neste momento temos um só elemento que é homem e muito jeito nos tem dado. Já chegámos a fazer papéis masculinos com mulheres".

A nova peça da AJAM estreou-se no Festival de Teatro Boa Vizinhança de Macedo de Cavaleiros, que contará com a apresentação de mais 3 peças de grupos de teatro de Trás-os-Montes.

Escrito por Brigantia
Foto: Teatro Municipal de Bragança
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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