O Freixo Festival Internacional de Literatura regressou a Freixo de Espada à Cinta, entre sexta-feira e ontem.
Nesta terceira edição, o poeta José Jorge Letria foi agraciado com o Prémio Guerra Junqueiro, o nome do poeta natural desta vila, mais concretamente de Ligares, e cujo legado e obra é anualmente lembrado no festival. Para José Jorge Letria, o prémio é um estímulo para o que ainda irá fazer no mundo das letras. "Recebo com grande agrado e o agrado envolve estímulo, responsabilidade e o meu compromisso com o que farei no futuro enquanto autor. É um prémio importante, dado por um evento que ganha prestígio em Portugal, e acho que, quando um evento destes vai escolhendo nomes como já escolheu, está implantando e vai ficar na nossa memória. O importante quando se recebe este prémio é, não só o reconhecimento e a consagração daquilo que fizemos mas, o reconhecimento e consagração daquilo que ainda iremos fazer".
O poeta acredita que a interioridade deste território não é uma entrave à realização do festival. "Fico muito satisfeito por terem apostado nesta iniciativa e por terem conseguido fazer um trabalho que vai deixando rasto. Eu, enquanto escritor e presidente da Sociedade Portuguesa de Autores terei muito gosto em apoiá-los em várias iniciativas. Pode ser que cá volte e que encontremos maneira, até ligados à Sociedade Portuguesa de Autores, de apoiar esta iniciativa com alguma medida que possa ser útil".
Maria do Céu Quintas, presidente da câmara de Freixo de Espada à Cinta, também acredita que, apesar de ser este um território de baixa densidade, se pode dar voz a estas iniciativas. "Não é por ser Freixo de Espada à Cinta um território do interior que não se possam fazer estas coisas. Está provado que se podem ter e nós temos. Temos um poeta que é dos melhores do nosso país, só tínhamos que fazer isto para o homenagear e manter esta terra viva".
O festival conta na sua organização com a Editorial Novembro. Avelina Ferraz, desta entidade, explica os territórios transmontanos, com quem a editorial tem trabalhado, têm tentado imprimir cada vez mais a sua identidade cultural nos festivais. "A base fundamental, que tenho vindo a notar com os municípios de Trás-os-Montes, com quem tenho tido o gosto de trabalhar, é esse puxar pela identidade e cultura do seu território e é uma atitude resiliência que é de extrema importância e deve ser promovida".
O festival associou-se este ano às comemorações do Centenário de Sophia de Mello Breyner e recebeu Martim Sousa Tavares, neto da Poetisa. Desde Abril deste ano, Guerra Junqueiro também já dá nome ao agrupamento de escolas da vila. Uma pretensão demonstrada já na primeira edição do festival.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
Número total de visualizações do Blogue
Pesquisar neste blogue
Aderir a este Blogue
Sobre o Blogue
SOBRE O BLOGUE:
Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
(Henrique Martins)
COLABORADORES LITERÁRIOS
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário