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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Assembleia Municipal aprova suspensão do Plano de Saneamento Financeiro da Câmara de Mirandela

Plano previa restrições impostas ao nível da despesa, até 2023, mas o executivo liderado por Júlia Rodrigues propôs a suspensão, já este ano, argumentando que a maior parte das medidas já se encontram implementadas. Por exemplo, a contratação de recursos humanos já não tem tantas restrições.
No final de 2012, a câmara de Mirandela apresentava uma dívida na ordem dos 27 milhões de euros e encontrava-se em situação de desequilíbrio financeiro (PSF) estrutural, que levou a aderir, em 2013, a um Plano de Saneamento Financeiro que contemplava a contracção de dois empréstimos bancários, no valor total de 7,6 milhões de euros, a ser pago até 2023.

No entanto, este plano obrigava a autarquia a implementar um conjunto de medidas, em três eixos de intervenção: eficiência organizacional, economia e redução da despesa, e aumento da receita.

Decorridos seis anos de vigência do Plano de Saneamento Financeiro, o executivo liderado por Júlia Rodrigues revela que a maior parte das medidas se encontram implementadas e os objectivos nelas previstas, alcançados na sua grande maioria.

Na proposta de suspensão levada à AM, o executivo diz ainda que a medida referente ao empréstimo de saneamento financeiro, foi cumprida escrupulosamente conforme o previsto e sem qualquer atraso no pagamento, faltando ainda amortizar cerca de 4 milhões de euros.

A Lei n.º 73/2013, de 03 de Setembro, prevê que a Câmara Municipal possa propor à Assembleia Municipal a suspensão da aplicação do Plano de Saneamento Financeiro, se após a aprovação dos documentos de prestação de contas, se verificar que o Município cumpre, a 31 de Dezembro ano a que esta diz respeito, o limite da divida total prevista.

De acordo, com os dados da Ficha do Município referente à prestação de contas de 2018, verifica-se que o Município cumpre em 31 de Dezembro de 2018 o limite do endividamento, e ainda possui no final do ano uma margem de endividamento de 11,5 milhões de euros.

Perante estes dados, a AM decidiu aprovar a suspensão do Plano de Saneamento Financeiro, e o executivo “compromete-se a manter uma gestão financeiramente sustentável e rigorosa”, pode ler-se na proposta de suspensão.

Na prática, “o empréstimo vai continuar a ser pago, mas as medidas restritivas deixam de ter de ser aplicadas”, ressalva a presidente da câmara que dá como exemplo as restrições na contratação de recursos humanos. O PSF impôs um número específico de trabalhadores para o final de cada ano. Actualmente, o número de trabalhadores situa-se nos 298, muito inferior ao limite de 413 previsto. Com esta suspensão, Júlia Rodrigues diz já “ter margem de manobra para contratar funcionários ao nível da varredura e jardinagem”.

A oposição votou favoravelmente à suspensão deste plano, mas Paulo Pinto, do PSD, diz que vai “ficar atento aos critérios de contratação de funcionários”.

O CDS, através de Faustino da Cunha, ficou com “muitas dúvidas sobre a aplicabilidade desta suspensão” e avisa o executivo para que “não enverede pelo caminho do despesismo”.

Já Jorge Humberto da CDU justifica o voto favorável porque entende que esta suspensão “servirá para o executivo poder fazer mais investimento e contratar mais recursos humanos”.

Agora a câmara de Mirandela vai informar a Direcção-Geral das autarquias Locais da aprovação desta suspensão e só depois da luz verde entrará em vigor.

Escrito por Terra Quente (CIR)

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