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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Bons sabores transmontanos na Tasca do Zé Tuga, em Bragança

Uma cozinha que se inspira na tradição, se exprime na criatividade do chefe e se renova ao ritmo dos produtos da época.
A opinião do crítico gastronómico da VISÃO Se7e, Manuel Gonçalves da Silva, sobre o restaurante Tasca do Zé Tuga, em Bragança.
Dentro do Castelo de Bragança, o restaurante tem uma localização privilegiada
Quando abriu, no dia 1 de abril de 2015, a Tasca do Zé Tuga destinava-se a servir pregos de carne mirandesa e outros petiscos. Hoje, é um restaurante de cozinha de autor e uma referência gastronómica de Bragança que não podem ser ignorados. Um restaurante descontraído, convém esclarecer, mas onde o trabalho diário se faz com rigor e criatividade, sob a direção de Luís Portugal, o bancário que se distinguiu, no concurso Masterchef, pelo verbo fácil e pelas mãos hábeis na cozinha. Ele é o dono, o cozinheiro e o responsável pelo sucesso da Tasca do Zé Tuga, que tem localização privilegiada, dentro do castelo, no coração da cidade; instalações acolhedoras num prédio discreto, mas bem enquadrado naquele espaço histórico, com duas salas e esplanada a olhar para as muralhas; decoração sóbria que conjuga tradição com modernidade; e cozinha de base portuguesa com produtos da época no seu estado mais puro, recriada com técnica apurada.
DR
A qualidade dos produtos evidencia-se mal a refeição começa com o pão de presunto, de butelo, de sardinha ou outro, o azeite e os rojões transmontanos (fatias de barriga de porco fritas na sua banha, finas e estaladiças), que são oferta, em jeito de boas-vindas. A ementa segue, depois, o mesmo critério de qualidade, com pratos de presunto e de queijos, linguiça com vinho do Porto, alheira com maçã, trufas de butelo e casulas, cannelloni de alheira com tomate, éclair de alheira com puré de maçã e crocante de presunto além de outras sugestões muito apelativas, para entrada. Outro tanto sucede com os quatro menus desenhados pelo chefe, notáveis pelo equilíbrio e pela harmonia de sabores: “menu de Trás-os-Montes”, com naco de vitela ou vitela à transmontana no prato principal; “menu do mar”, com cataplana de gambas e robalo; “menu de bacalhau”, com bacalhau confitado, puré e grelos; e “menu vegetariano”, com ratatouille.


A carta oferece mais pratos apetecíveis: cataplana de marisco, polvo e castanhas, costeletas de cordeiro, bife raspado, pica-pau e outros que, parecendo familiares, apresentam novidades na combinação de ingredientes, no jogo de texturas, na forma de os apresentar. Um capítulo à parte é o dos pratos cozinhados em potes de ferro, um por dia: ao domingo, cozido à transmontana; à segunda, rancho no pote; à terça, cabidela de galo; à quarta, vitelina à Paradinha Nova (aldeia do concelho); à quinta, rojões transmontanos (nada que ver com a entrada); à sexta, galo à transmontana, e ao sábado, javali com castanhas. Excelente doçaria, também com assinatura do chefe, com um chocolate com azeite, flor de sal e pimenta-rosa de sonho. Garrafeira de expressão regional e cervejas artesanais com quatro sabores, todas gastronómicas. Serviço eficiente e simpático.

Tasca do Zé Tuga > R. da Igreja, 66, Bragança > T. 273 381 358 > seg, qua-sex 12h-15h30, 19h-22h, sáb-dom 9h-23h > €30 (preço médio)


Manuel Gonçalves da Silva

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