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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Ex-promotores da BLC3 em Macedo avançam para tribunal por pagamentos em atraso

Seis ex-promotores do pólo Norte da incubadora de empresas BLC3, sediada em Macedo de Cavaleiros, entraram com um processo judicial em tribunal contra a associação que gere a entidade.
Fontes ligadas ao processo disseram à Onda Livre que em causa está o não recebimento de todos os valores da bolsa de investigação correspondentes aos meses em que estiveram afetos à BLC3, mesmo tendo desenvolvido o que lhes havia sido pedido. O processo deu entrada no dia dois deste mês no Tribunal de Macedo de Cavaleiros e o valor alegado em dívida ascende a 14500€.

Ao que apuramos, os pagamentos feitos aos ex-promotores, que deveriam ser mensais, não respeitaram as datas estipuladas, e chegaram a passar-se meses até receberem. Algumas vezes, os pagamentos terão sido apenas parciais. Motivos que estarão na origem do abandono do projeto e da entrada do caso na justiça.

Contactado o presidente e CEO da BLC3, João Nunes, sem nunca comentar diretamente a questão do tribunal, respondeu que “em relação ao processo referido de alguns promotores do programa de empreendedorismo, lamenta-se que as atenções não fossem orientadas para a entrega dos relatórios de encerramento dos trabalhos que desenvolveram, assim como, a entrega do trabalho de Business Plan, pedido em julho e de acordo com os primeiros 6 meses de atividade, facto que não aconteceu. Tendo terminado o programa de empreendedorismo em setembro, é necessário que após essa decisão fosse efetuado pelos promotores o relatório final dos trabalhos e entrega do pedido efetuado, até porque o programa de empreendedorismo evidencia que se não demonstrarem trabalho realizado poderão devolver a bolsa, estando este programa sujeito a avaliação final de peritos. Já foi referido e pedido para fazerem entrega do relatório e documentos em falta para que o processo seja encerrado de acordo com os procedimentos que se tem de seguir. Sem isso, e por mais vontade que exista, não é possível concluir o processo. Depende dos promotores em concluir o processo e não de nós.”

Na mesma resposta, João Nunes referiu ainda que, “existem mais projetos, promotores e também candidaturas submetidas e em curso, estando as mesmas associadas a trabalhos de investigação e inovação não podendo, neste momento, e porque não temos autorização, dar mais informações por motivos de confidencialidade. Apenas um projeto recente que se pode já referir e está associado à valorização de resíduos do setor do vinho para a produção de combustíveis de origem biológica para utilização nas próprias máquinas e alfaias agrícolas, em cooperação com entidades espanholas e que envolve a região do Douro Vinhateiro.”

Confrontado com desistência de promotores, Benjamim Rodrigues, autarca de Macedo de Cavaleiros, adiantou que a câmara está disponível para ajudar aqueles que queiram seguir com os seus projetos no território, criando uma espécie de “incubadora municipal”:

“Há duas versões desencontradas, uma é a do diretor do projeto e outra a dos promotores. Até que provem o contrário, eu tenho de acreditar nos dois.

Neste momento, o que está de forma segura no terreno é que a BLC3 está instalada e não abandonou o projeto.

Da nossa parte, vamos tentar dar apoio técnico aos promotores que queiram ficar no nosso território e não se conseguiram entender com a BLC3e, dando-lhes apoio técnico, e, eventualmente, poderemos pensar na solução de criar uma incubadora de cariz municipal.”

De recordar que o pólo norte da BLC3 foi inaugurado em Macedo de Cavaleiros no dia 21 de junho, embora o projeto já tivesse começado no início do ano, e chegou a ter mais de uma dezena de promotores, maioritariamente da região.

Escrito por ONDA LIVRE

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