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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

José Pedro Croft – Imagens Refletidas (2003)

No Jardim António José de Almeida encontra-se uma das intervenções artísticas mais interessantes existentes em Bragança. Designada por Imagens Refletidas, é da autoria de José Pedro Croft.
Imagens refletidas (2003). Autoria: José Pedro Croft
Em 8 de julho de 2002, foi apresentado em reunião camarária um protocolo pela Fundação Afonso Henriques, que seria aprovado por unanimidade, onde eram apontados três objetivos fundamentais: “assegurar o desenvolvimento de uma rede de Escultura Urbana contemporânea ao ar livre, de grande qualidade, nas principais cidades da Bacia do Douro Hispano-Português; fomentar a pedagogia de contemporaneidade, promovendo a difusão e o debate em torno da Escultura Urbana do nosso tempo, ajudando a descentralização e a criação de polos culturais fora das áreas metropolitanas; fomentar, desenvolver e difundir a ideia da criação artística integrada na cultura local, na paisagem e na ligação aos materiais”.
A Fundação e as Câmaras de Bragança, Chaves, Lamego e Vila Real assinaram o protocolo para implementar o projeto “Criação de um Eixo Cultural em torno da Escultura ao longo da bacia do Douro”, que visava a conceção e execução de uma escultura contemporânea pelos escultores seguintes: Manuel Rosa (para Vila Real); Rui Chafes (para Lamego); Alberto Carneiro (para Chaves); e José Pedro Croft (para Bragança). José Pedro Croft, tendo sido o escultor selecionado para dar corpo ao projeto em Bragança, executa de forma original o conjunto Imagens Refletidas.
Nascido no Porto, Croft faz o curso de Pintura na Escola de Belas Artes de Lisboa em 1981, tendo vindo a conquistar no panorama artístico nacional e internacional uma posição de destaque. Representado em várias coleções, participou em exposições coletivas diversas, tendo igualmente realizado exposições individuais em Portugal e no estrangeiro, em instituições de grande renome. Fortemente influenciado por João Cutileiro, com quem trabalha no início da sua carreira, abandona lentamente o mármore como material preferencial e, numa fase posterior, o seu interesse como artista volta-se para o fascínio da espacialidade arquitetónica como modelo de organização/desconstrução.
A introdução do espelho na sua obra irá gerar uma novidade na leitura da sua proposta artística, como vemos em Bragança. A colocação dos espelhos no espaço público que é o jardim, é uma intervenção por vezes provocatória, outras inquisidora, outras ainda inquietante. Local de passagem, torna-se impossível ignorar a superfície espelhada que se multiplica e que confronta o espectador com o reflexo da sua própria imagem, devolvendo-lhe um outro eu real/irreal. Por este aspeto inovador, José Pedro Croft trouxe a Bragança uma realidade artística cuja marca permanecerá incontornável.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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