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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Movimento congratula-se com afetação de receitas da venda de barragens

 O Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) congratulou-se com a aprovação da lei que garante a afetação à região da totalidade "das receitas municipais e imposto de selo" produzidas pelas barragens do Douro Internacional.
Em comunicado, o movimento, que reúne a Associação da Língua e Cultura Mirandesas, FRAUGA - Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, Galandum Galundaina - Associação Cultural, Lérias Associação Cultura, MasChocalheiro Associação de Bemposta e várias pessoas ligadas ao território, refere que a lei aprovada no parlamento afetará aos municípios da Terra de Miranda, (Miranda do Douro e Mogadouro) os cerca de 100 milhões de euros que incidem sobre a venda das barragens, mais cerca de sete milhões de euros anuais de impostos municipais.

Na segunda-feira foi aprovada uma proposta do PSD de alteração ao Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) para a criação de um fundo com receitas do trespasse da concessão destas seis barragens transmontanas.

O Imposto do Selo sobre o trespasse resultará numa receita que ascende a 110 milhões de euros.

Para o MCTM, este volume de receitas é considerado como um fator que mudará a face da região, porque serão afetos a um "Fundo diretamente destinado a financiar o desenvolvimento cultural, histórico, ambiental, económico e social da Terra de Miranda".

Por essa razão, o MCTM considera "histórica" esta aprovação.

O comunicado refere ainda que foram os "extensos trabalhos e esforços desenvolvidos pelo MCTM que conduziram a este resultado".

Garante ainda que continuará a realizar esforços em dois sentidos: "em primeiro lugar, na consagração das populações como um parceiro no negócio da venda das barragens, a par do vendedor, do adquirente e do Estado. Em segundo lugar, na promoção do desenvolvimento cultural, histórico, ambiental, económico e social da Terra de Miranda".

O Ministério do Ambiente e Ação Climática anunciou em 13 de novembro que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) aprovou a venda de barragens da EDP situadas em Miranda do Douro, Bemposta (Mogadouro), Picote (Miranda do Douro), Baixo Sabor (Torre de Moncorvo) e Foz-Tua (Carrazeda de Ansiães / Alijó).

A EDP vendeu seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros.

As centrais hídricas, localizadas na bacia hidrográfica do rio Douro, totalizam 1.689 megawatts (MW) de capacidade instalada.

A aprovação desta lei está a despertar muito interesse na região, que perdeu cerca de 50% da população nos últimos 50 anos.

O Movimento imputa esse despovoamento ao modelo de distribuição da riqueza produzida pelas barragens, que entende como injusto e gerador de desertificação.

Não opinião dos representes do MCTM, as populações migram para onde está a riqueza e se toda a riqueza produzida pelas três barragens do Douro Internacional é captada para fora do território, as populações vão atrás.

Em julho, as associações culturais do Planalto Mirandês que integra o MCTM assumiram levar um Manifesto Cultural à Presidência da República, Assembleia da República e ao Governo para alertar para o que consideraram ser injustiças com a venda das barragens no Douro Intencional por parte da EDP.

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