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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Restauração e comércio temem efeitos "desastrosos" do recolher obrigatório ao fim-de-semana

 As novas medidas impostas com o novo estado de emergência não agradam à restauração e ao comércio.
Os proprietários destes estabelecimentos contestam em particular o recolhimento após as 13 horas aos sábados e domingos nos próximos dois fins-de-semana, nos 121 concelhos com maior risco de transmissão da Covid-19.

Luís Portugal, que tem um restaurante em Bragança, considera que a medida terá efeitos desastrosos e teme que muitos restaurantes não consigam resistir.

“É desastroso para a restauração, é anunciar a morte da restauração em Portugal, porque as medidas estão a ser tomadas sem base científica. O sector tem um peso enorme na economia nacional e a nível local e estamos com quebras na ordem dos 95%. Já nos tinha sido tirado um fim-de-semana que tinha um impacto muito significativo, o dos santos. O governo, ao tomar a posição de encerramos à uma da tarde, nos dois próximos fins-de-semana, é a mesma coisa que nos dizer para encerrar. Temo que para grande parte da restauração vai ser uma autêntica desgraça nos próximos tempos”, afirmou.

Maria João Martins, proprietária de um café e pastelaria em Bragança, fala de uma crise que começou há meses e que estas medidas ajudam a aprofundar. “A nossa preocupação não vem só de hoje, já se arrasta desde Março, mas temo-nos aproximado a passos largos de uma crise muito grande no sector da restauração. Apesar de nos manterem abertos querem “fechar os clientes” e não sobrevivemos sem os clientes. É de lamentar o que se vai passar nos próximos dois fins-de semana. Sábado e domingo à tarde são momentos em que ainda se faz algum negócio e assim vai complicar-se ainda mais aquilo que aparentemente já não tem salvação. Estamos a caminhar a passos largos para a ruína do comércio tradicional”, afirma.

Dina Mesquita antevê que as reservas sejam canceladas no hotel que gere em Bragança e não vai abrir o restaurante nos próximos dois fins-de-semana, porque entende que não compensa. “As medidas implicam fechar ao fim-de-semana, não é exequível ter uma porta aberta com duas horas de trabalho no máximo e ter o restaurante a trabalhar tem sempre custos elevados, acho que as pessoas vão ficar em casa e fazer um recolher obrigatório durante todo o fim-de-semana. Em princípio não vamos abrir, porque o take-away só pode ser feito até à uma da tarde a partir daí tem de ser feito em regime de entrega em casa e as encomendas não são suficientes para manter a porta aberta”, referiu.

A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança também já demonstrou a sua preocupação com estas medidas, que apelida de absurdas. A presidente da ACISB, Maria João Rodrigues, considera que as restrições contribuem para a morte lenta do comércio e da restauração. “Pensamos que é uma morte lenta que estão a infringir a estas actividades. A economia vai sofrer muito, nomeadamente a restauração e o comércio, vão ter quebras enormes de vendas. Não deveriam ter sido impostas medidas tão restritivas nestes horários, porque estes empresários já estão no limite. A lufada de ar fresco que tiveram nos meses de Junho e Agosto e agora é impensável para eles continuar”, afirmou.

Com a entrada em vigor do novo Estado de Emergência, em 121 concelhos com risco elevado de transmissão da Covid-19 está proibida a circulação na via pública, em dias de semana, entre as 23 e as 5 horas e nos próximos dois fins-de-semana a partir das 13 horas.

Há excepções, como deslocações em e para o trabalho, regresso a casa, situações de emergência, passeio higiénico ou de animais de estimação e fazer compras. No distrito as medidas aplicam-se em Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro e Vila Flor. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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