O feriado de Mirandela foi a data escolhida para a assinatura do contrato, até porque segundo a autarca Júlia Rodrigues a intervenção vai devolver a estação aos mirandelenses. “Veio a decisão de aprovação e no dia da cidade fizemos questão de celebrar também o auto de consignação da estação ferroviária. Consideramos que é uma obra emblemática. Vamos devolver este edifício aos mirandelenses, não só a ligação à ferrovia como um espaço cultural e educativo. Quisemos, acima de tudo, homenagear a memória daqueles ferroviários que trabalhavam aqui todos os dias, que as suas famílias vivam a partir daqui, mas também todos os comerciantes, estudantes...”
Para chegar ao lançamento da obra no valor de 2 milhões e 500 mil euros, com apoio comunitário no âmbito do PEDU, foi um processo complicado e demorado, destacou a autarca. “É uma obra que demorou muito mais tempo que aquilo que estávamos a contar. Mesmo o próprio contrato foi demorado e em relação à empreitada houve que fazer o levantamento, vários projectos de execução, levar a concurso... tivemos, no ano passado, um concurso, infelizmente sem concorrentes. A partir daqui não parará mais”.
Nuno Sousa, arquitecto responsável pela obra, explica que o projecto é desafiante e que uma das preocupações foi manter a traça original do edifício. “Para além da requalificação geral do edifício vai ter, ao nível do exterior, uma ampliação desta plataforma até à linha para poder recepcionar o comboio. Aqueles compartimentos que têm peças trabalhadas vão ser recuperados à época para manter a traça. Queremos manter a memória deste edifício”.
O projecto prevê reabilitar o edifício, em estado avançado de degradação, e criar uma casa de artes e cultura, no piso superior e uma infraestrutura de apoio à mobilidade da ferroviária no piso inferior. Cada teste tem um custo de 60 euros e o resultado é conhecido em cerca de 15 minutos.
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