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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

UM ACTO DE FÉ E DE CORAGEM

Por: Luís Abel Carvalho
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

Ti Marcolino era um homem bom, muito religioso que cativava todas as crianças - e alguns adultos - com as suas histórias bíblicas de Jesus e seus Pais : Maria e José.  Todos os Sábados, ao fim do dia, deliciava as crianças com as suas histórias encantadas de Anjos, de Demónios e de milagres e de dragões que cuspiam fogo.
     Um dia Dominguinhos foi com Ismael chamá-lo a casa a pedido da Mãe. Quando chegaram à porta, Dominguinhos chamou: Ti Marcolino! Ó Ti Marcolino?! Por mais que insistisse, não obtinha qualquer resposta. Como a porta estava apenas no ferrolho, decidiram entrar. " Ti Marcolino! Ó Ti Marcolino?! ".  -  " ´Stou aqui, meu filho. ´Stou aqui " – respondeu com a voz mais natural que se pode imaginar. - "Mas o qué co Tio ´stá a fazer debaixo da cama?! " – perguntou Dominguinhos  de boca aberta. " Bim agora do Céu " - foi a resposta simples, nua e crua que receberam. Além da boca aberta, as crianças ficaram também de olhos arregalados.
      Apesar de não ser rico, Ti Marcolino Santana levava uma vida honrada e pacata. Era um homem respeitado e recorriam a ele várias pessoas quando tinham algumas dúvidas existenciais. Os seus conselhos eram escutados  com muita atenção e respeito. Não era homem de taberna ou de adjuntos, embora gostasse de socializar, desde que não houvesse violência física ou excesso de linguagem. 
      Numa tarde soalheira em que estava inserido num grupo de homens sentados no passeio do Constantino da Marta, um deles soltou uma valente bojarda para gáudio de todos e comentários jocosos e brejeiros de alguns.
     Ti Marcolino levantou-se e disse com toda a solenidade: “ 
Todá ind´bida que casar cum ind´bido destes...tal é o molho c´málface!! “.
     Rodopiou nos calcanhares e meteu-se em casa, que ficava mesmo em frente do largo do passeio. Ninguém se atreveu a rir ou a comentar, embora mais tarde esta cena fosse abundantemente comentada  e até passasse de pais para filhos.
     Numa outra tarde calaceira de Domingo, em que um grupo de homens passava o tempo à sombra de uma das quatro faias da aldeia com conversas fúteis, veio à baila o tema da religião, milagres, santos, céu, inferno e mais umas tantas questões religioso-filosóficas, em torno das quais nunca há ( e haverá) consenso. Entre muitas outras chalaças, disse o Domingos Batalhão: “ Falam tanto em milagres e em Santos , e há praí uma tchusma deles  mas, inté hoje, inda no bi ninhum!!”. O Ti Marcolina Santana deu três passos, pôs-se em frente do Domingos, cruzou as mãos sobre o peito solenemente e disse com toda a calma : “ Aqui o tães ! “.
     (Abre-se aqui um parêntesis para informar que este Domingos Batalhão era, na verdade, Domingos Pimentel, descente dos Pimentéis, uma das mais importantes famílias transmontanas, que lutaram ao lado de outras famílias igualmente importantes, tais como os Pessanhas, os Sepúlvedas e os Mirandas contra o absolutismo Miguelista, ideologia severamente apoiada por outra das mais importantes e influentes famílias transmontanas: os Silveira, cuja fama e admiração fora granjeada na luta contra os franceses, na defesa de Amarante.). Parece que nesta luta, os “ corcundas ” não encontraram terreno tão fértil em terras transmontanas, como encontraram no Minho, ao contrário dos “ malhados “. Por exemplo, João Carlos de Oliveira Pimentel foi quem iniciou a plantação da vinha da Quinta do Rego da Barca, junto à foz do Sabor. Era pai de dez filhos – cinco rapazes e cinco raparigas – entre os quias se destacou  o Tenente Coronel Cláudio de Oliveira Pimentel e o matemático e químico Júlio Máximo de Oliveira Pimentel, o Visconde da Vila Maior. Foi Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e era, à sua morte, o Reitor da Universidade de Coimbra!
      Para dar uma ideia mais real da singularidade desta personagem mítica, relatamos um facto que consideramos deveras extraordinário, não só pelo facto em si mas, principalmente, pelo efeito notável das suas consequências em toda a povoação.
      Numa tarde de Domingo de meados de Julho, por volta das cinco horas da tarde, na taberna do Tchico Augueira, o Zé do Albardeiro e o Cabrita desentenderam-se por causa de uma parede esbarrondada e chegaram mesmo a vias de facto. Houve apenas pontapés, bofetões e uma dentada na orelha do Zé  do Albardeiro. O Cabrita era “ rim cmá fome”, não se ensaiando nada em espetar uma faca no bandulho de qualquer um, e nessa briga tinha levado uns bons mochetes, ficando com o nariz a sangrar.  Foi até casa e quando se dirigia para a taberna, completamente tresloucado, empunhando uma faca de cozinha, ameaçando o Céu e o Inferno, o Ti Marcolino saiu - lhe ao encontro e disse , barrando-lhe o caminho:
   -  Onde pensas que bais co isso?
   - Saia-me da frente, Ti Marcolino, se não, em bez dum crime acometo dois. – disse o Cabrita cheio de raiva.
   - Atão terás qu´acometer dois, porque daqui num saio e nem sais tu – respondeu-lhe resoluto. 
   -  Saia-me da frente,  já le disse, se não desgraço-me.
   - Desgraçados semos todos os que no oubimos a palabra do Senhor.
   - Isso num´intressa pra nada...A gente nascemos pra morrer e eu tamãe . E pra mim inté pode ser já hoje.
    -  Num digas blasfémias. A gente só morre q´ando Deus quiser. A nossa morte só Deus é que decide. Nem tu nem eu temos poder sobr´isso.
    Quanto mais ateimamos com um alcoólico para deixar de beber, mais ele bebe! A abordagem tem que ser outra, com mais inteligência e perspicácia. Ou seja: com mais “ psícola”, como diria o tal Domingos Batalhão. Na realidade, o homem é capaz de construir maravilhas que nos levam às lágrimas e, simultaneamente, das coisas mais horríveis: guerras, matança de inocentes e saquear as liberdades mais primárias!!!
     Segurou-lhe um dos pulsos com firmeza e disse-lhe:
    - Quero que banhas comigo a mnha casa – pediu-lhe mansamente olhando-o no fundo dos olhos. 
    - Pra quê?! Num tanho lá nada pra fazer...
    - Quero dar-te duas palabrinhas.
    - Num bou. Primeiro tanha qu´acabar co a bida daqule cão.
    - Ele num te fijo nada. Só se defendeu. Deixaste-sio a sangrar e caise que l´arrancabas a orelha.
     - Inté os fígados e os olhos l´ei-de arrancar – ameaçou .
     - Bá, bamo-nos deixar dessas tchotchices e anda mas é  inté mnha casa – disse mantendo a serenidade  que lhe era reconhecida, tirando-lhe a faca das mãos.
        Estranhamente começaram a caminhar lado a lado, em direcção a casa do Ti Marcolino. Já em casa, sentados à mesa da cozinha, Ti Marcolino pôs dois  púcaros de barro e encheu-os de vinho. Levantado o seu copo, disse-lhe: “ Bamos buber o sangue de Cristo, por mor dos nossos pecados “.
       Cabrita sentia-se acanhado e bebeu solenemente. Limpando a boca com as costa da mão, Ti Marcolino começou a falar:
      - Ó Cabrita! Todos nós semos pecadores e todos nós temos o mal dentro da nossa alma, mas tamãe todos nós temos o bem e a bondade nos nossos corações. O homem mau usa a força e a bingança pra resolber os problemas; o homem bô usa a inteligência, a cabeça e o perdão. O Homem no é ninhum salbage!
       - Mas tamãe num semos ninhuns anjinhos!
       - Pois claro que não: nem semos anjos, nem demónios. Mas podemos ser uma cousa ou outra. Depende dos nossos pensares.
      Pondo ambas as mãos esquecidas sobre o tampo carunchoso da mesa, inclinou o corpo e disse inspirando fundo:
    - Há munta gente por aí que num bale a cera duma bela d´igreja e eu tanho pra mim que tu no és ninhum desses. Acredita que sempre t´istimei e nutro um certo orgulho em ti. E olha qu´eu sei destinguir o lobo do cordeiro – disse-lhe de dedo em riste. - E num é agora que me bais desiludir. Eu, tal como tu, tamãe nasci pra morrer, c´mo Cristo e tamãe pode ser hoje, só de caso me quiseres matar. Mas Deus deu-m´uma missão especial: saber distinguir e salbar as almas boas e  tu és uma delas .
     - Mas eu já no tanho salbação, com tantos pecados que já fijo – reclamou o Cabrita. – Além do mais eu num sou nada pra Deus. Num balo a cagalheta dum´obelha.
    - Isso é o que tu pensas e aí é que tu t´inganas. Todos nós semos filhos de Deus  e especiais ós olhos do Criador. Tu e eu ´stemos destinados pelas graças Dibinas a ser um inzemplo de bondade e do poder de Deus...
     - Mas agora quer fazer de mim algum Santo?!
      - E por que não? Pra ser Santo basta sermos humanos e pecadores. E há muntos Santos que foram pecadores em bida. Por inzemplo São Mateus e Santo Agostinho e já pra no falar da Santa Maria do Egipto, a quem tchamabam a “ sedutora “, pois seduzia os jobens pra seu prazer carnal. 
      - C´mé qu´o Ti Marcolino sabe tanta cousa? – perguntou franzindo o sobrolho. 
      - Cmo te disse, nós os dois e mais uns três da poboação temos um destino que Deus nos deu: lubarmos a palabra de paz e de perdão a todos os nosso inmigos – continuou a sua ideia, não dando fé da interrupção.
    - Ó Ti Marcolino. A bida que Deus me destinou foi trabalhar e buber uns copos. Muntas gotas de suor me custa ganhar a bida.
   - E atão?! Num há ninhum mal nisso.  Já dizem as ´Scrituras Sagradas : “  Só presta o pão que leva na amassadura o sal do nosso suor “ .  E por falares em buber uns copos, quero que baias agora mesmo dar uma mãozada ó Zé e fazer as pazes pra...
    - O quê?! – interrompeu-o. – Nunca na bida. Agora só me faltaba humilhar-me e meter-me debaixo dos pés dele! Perdia o respeito do pobo todo. Tanho qu´impor o respeito nem que sseja plo medo e pla força. Tanho que labar a mnha honra, nem que seija com sangue.
    - Mais uma bez aí é que t´inganas. Ó fazeres isso, só demonstras qu´és superior a todos, que bais lubar a palabra de Deus co teu inzemplo. Tanho a certeza qu´o Senhor padre, q´ando souber disso, te bai inlogiar do altar a baixo. E olha qu´isso num é pra calquera um -  disse novamente com o dedo em riste. – Ninguém milhor do que tu pra probares qu´a humildade e a simplicidade bencem todo o mal do mundo.
     Cabrita pousou a cabeça entre as mãos, atónito. Não compreendia o alcance daquelas palavras e muito menos o alcance daquele gesto.
   - Num sei se serei capaz disso.
   - És! – disse-lhe Ti Marcolino com toda a convicção. – É só arrancares do teu coração as raizes mais miúdas do mal. Num basta arrancarmos as grandes e deixarmos lá as mais piquenas, porque essas tenem tanto poder cmás graúdas.
     Cabrita, que era de carácetr sombrio e isolado, cuja maldade cintilava nos olhos negros, para consolo e alegria do Ti Marcolino, começou a soluçar e verteu em silêncio, lágrimas amargas, que limpava à manga da camisa e que lhe limpavam a alma.
     - Mas eu num sou ninhum Cristo, Ti Marcolino – disse com desespero e  e humilde na voz, simultaneamente.
    - Claro que no és. E só o reconheceres isso, já te põe acima de muntos penalbilhas  que se julgam superiores ós oitros. Mas to juro à fé de quem sou, qu´esses nem ós calcanhares te tchegam. Ós olhos de Deus, os superiores são os humildes, aqueles que reconhecem as suas fraquezas. Jesus sempre ´stib´ó lado dos pobres, dos mais desfaborecidos. Lembra-te qu´inté´ ´spulsou os bendilhões do Templo. ; “ Não façais de casa de meu Pai, casa de comércio “. Por isso, pra te tornares um digno filho de Deus, tães qu´ir ter co Zé do Albardeiro e pedir-le desculpas, dando-l´uma mãozada. Ou atão um abraço . Sabes que no há nada mais singelo e reconfortante do qu´um abraço sincero de amizade.  Sabes qu´o abraço tanto é dado numa despedida, cmo numa tchigada: nos dois casos é sempre símbolo de amizade, de gratidão e, acima de tudo, de paz. Tu és mais grande do que muntos e tães que ser tu a dar o inzemplo de nobreza co esse gesto simples, mas grandioso ós olhos de Deus.
    - Mas quer que m´humilhe diente de todos? – perguntou em voz emocionada.
    - Não. Humilhar?!! Cristo tamãe deu a oitra face e num ficou dimunuído, munto antes plo contrário. Bais ber que ninguém bai ter a coragem de t´apontar nada de mal. – sossegou-o, pondo-lhe a mão direita sobre a dele. – Deus quer que sejemos bondosos com Cristo. É isso qu´ele nos ensina: a sermos bondosos pra com os outros. Além do mais, esse gesto bai ser munto apreciado e inlogiado plo S´nhor Padre Antero.
      Saíram os dois e dirigiram-se à taberna do  “ Tchico Augueira “.  Ti Marcolino não entrou. No limiar da porta, apertou-lhe o braço e apenas lhe disse: “ Bai e cumpre o destino que Deus te deu. No t´arrependerás”.  Cabrita entrou e viu, pelo canto do olho, que o Zé do Albardeiro estava lá, com um farrapo em volta da orelha.
      Quando o Cabrita entrou na taberna todos ficaram receosos, pois todos lhe conheciam bem os maus fígados e do que era capaz. Zé do Albardeiro chegou-se a trás com medo e põs-se, instintivamente, em posição de defesa e de ataque. 
      - Ó  Tchico...bota-m´aí dois  de três, fazendo o  fabor.
      O Tchico Augueira, que já tinha assistido a grandes e terríveis zaragatas nos seus mais de quarenta anos de taberneiro, inclusivé, foi na taberna dele que o Jacob matou à facada o Acácio Pisco, quis evitar mais alguma desgraça.
     - Ó Cabrita. Só te boto os copos se me prometers que num arranjas mais ninhum barulho.
     - Prometo - te à fé de quem sou. Juro-te pl´alminha dos meus Pais, que Deus os tanha em descanso. 
     Cabrita disse aquilo com tanta segurança e com tanta humildade e até com alguma emoção – sentimentos que lhe eram desconhecidos, que o Tchico Augueira não hesitou em encher dois copos  de meio quartilho.
           Quando os copos estavam cheios em cima do balcão de madeira corroída do caruncho, Cabrita olhou para o Zé e apenas lhe disse com voz calma e amiga:
    - Ó  Zé! . And ´áqui buber um copo comigo e fazer as pazes.  Bamos olbidar o assucedido e deitar tudo pra trás das costas. Num sou teu inmigo. Anda cá e toma lá um abraço sincero.
   Abraçaram-se simplesmente sem mais palavras, para espanto de todos. 
     O que perde é aquele que deixa algo por dizer em relação àquele que diz tudo de peito aberto, sem escolher as palavras certas e que no fim da discussão tem a coragem e a nobreza de abraçar o outro . E aqui, ambos foram corajosos e nobres: um, por que deu e o outro, por que aceitou, com a humildade mais pura à face da terra. As coisas difíceis são, afinal, tão fáceis de resolver! Basta apenas sermos humanos e respeitarmos o semelhante com todas as diferenças.
      Cabrita passou a ser um cidadão sociável, que pagava e a quem pagavam um copo de vinho. Ficou a ser conhecido pelo “ Conbertido “.   O ti Marcolino Santana passaram a chamar-lhe “ Ti Marcolina Santeiro”.  Em todas as procissões o Cabrita tinha um lugar reservado para levar o pálio e passou a ser membro da  “ Comissão Fabriqueira “ e mordomo das festas de Santa Luzia, a quem todos respeitavam!

Fontes de Carvalho

Fontes de Carvalho
, pseudónimo de Luís Abel Carvalho, nasceu no Larinho, uma aldeia transmontana do Concelho de Torre de Moncorvo, Distrito de Bragança. É o filho do meio de três irmãos.
Estudou em Moncorvo, Bragança e no Porto, onde se formou em Engenharia Geotécnica. É casado e Pai de três filhos.
Viveu no Brasil, onde passou por momentos dolorosos e de terror, a nível económico e psicológico. Chegou a viver das vendas de artesanato nas ruas e a dormir debaixo de Viadutos.
No ano de 1980 e 1981 foi Professor de Matemática em Angola, na Província de Kwanza Sul, em Wuaku-Kungo. Aí aprendeu a desmistificar certos mitos e viveu uma realidade muito diferente da propagandeada.
Em Portugal deu aulas de Matemática em diversas cidades, nomeadamente em São Pedro da Cova, Ponte de Lima, Cascais (na Escola de Alcabideche, onde deu aulas aos presos da cadeia do Linhó), Alcácer do Sal, Escola Francisco Arruda e Luís de Gusmão, em Lisboa. Frequentou durante quatro anos, como trabalhador-estudante, o curso de Engenharia Rural, no Instituto Superior de Agronomia.
Em 1995 fundou a empresa Bioprimática – Reciclagem de Consumíveis de Informática, onde trabalha até hoje como sócio-gerente.

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