A Associação de Proprietários do Baixo e Lagos do Sabor (APBLS) critica “a falta de visão agrícola” neste território, que “está completamente esquecida nos propósitos da Associação de Municípios do Baixo Sabor”, referem no documento do Programa Especial de Gestão da Barragem do Baixo Sabor a que o Mensageiro teve acesso.
Constituída em janeiro de 2023, a APBSL conseguiu congregar em volta do seu objecto, agricultores e investidores dos quatro concelhos daquela zona, nomeadamente Torre de Moncorvo, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé, para defender a ideia que pode devolver à região “a prosperidade e a esperança num futuro melhor que permita conciliar a visão turística dos lagos do Sabor com uma agricultura de excelência e de produtos premium”.
Duas CIM não facilitam
Os quatro concelhos estão inseridos em duas comunidades intermunicipais, a Comunidade Intermunicipal Terras de Trás os Montes e a Comunidade Intermunicipal do Douro, o que para os responsáveis da APBLS “terá muita dificuldade em conseguir definir uma estratégia comum que promova a identidade e coesão regional”, pois “a capacidade influenciadora que os municípios do Baixo Sabor têm dentro das respectivas comunidades intermunicipais é, quanto mais não seja pelo número, diminuta”.
No mesmo documento referem que a gestão do fundo do Baixo Sabor devia considerar preocupações ambientais. “Mas, estranhamente, não descortinamos nenhuma ação que vise devolver ao território a flora que a barragem inundou”, afirmam.
Glória Lopes
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