A comissão administrativa da confraria de Nossa Senhora do Amparo, liderada por Sílvio Santos, chega ao fim de 2023 com um saldo positivo nas contas, a rondar os 1025 euros, ao contrário do que tinha acontecido em 2022, que terminou com um saldo negativo superior a 13 mil euros.
Sílvio Santos considera que foi determinante para este resultado, “o corte orçamental que nos vimos forçados a fazer” nas festas da cidade em honra de Nossa Senhora do Amparo. “Foi completamente esbatido o défice que transitou de 2022, conseguimos sanar toda a dívida existente e acabamos de forma positiva, o que nos deixa a sensação de dever cumprido por acabarmos o ano sem comprometer a estabilidade mínima necessária para a confraria”, sustenta.
Quanto ao futuro, Sílvio Santos tem manifestado publicamente a sua opinião de que “é urgente repensar o modelo” em que são organizadas as festas da cidade e lançou o repto, no final das festas deste ano, para que as diversas entidades envolvidas pudessem refletir para se tomar decisões. No entanto, até ao momento, exceção feita a um briefing com todas as entidades logo a seguir à conclusão das festas, ainda não houve mais desenvolvimentos, adianta Sílvio Santos.
A única certeza é que, em janeiro haverá eleições para a confraria, para as quais Sílvio Santos reitera não ter intenção de se candidatar por considerar que é preciso renovar. No entanto, garante que a instituição de cariz religioso não ficará num vazio diretivo. “Uma coisa é certa, este grupo, sejam duas ou vinte pessoas que está, jamais irão deixar fechar o santuário de Nossa Senhora do Amparo, mas estamos a falar da confraria, outra coisa será assumir a confraria na sua plenitude naquilo que conhecemos até hoje, são questões completamente distintas”, afirma.
Na última reunião da confraria, no dia 16 de dezembro, foram aprovadas algumas alterações aos estatutos, com destaque para a duração dos mandatos que passa de dois para três anos. “Os estatutos que estão em vigor são de 1971 e há coisas que estão completamente obsoletas, como por exemplo, vetar qualquer elemento feminino a fazer parte dos órgãos dirigentes e isso já não faz sentido”, na ótica de Sílvio Santos.
Nas propostas sugeridas pelo cónego Silvério Pires, vertidas no seu último livro, constava que os dirigentes partidários concelhios não podiam exercer cargos na confraria, mas esta comissão deixou cair esse ponto. “Vetar o acesso a alguém por estar vinculado a qualquer força partidária, entendemos que seria uma limitação à democracia, pelo que não faz sentido”, explica.
De qualquer forma, estas alterações aos estatutos, aprovadas na última reunião, terão ainda de ser aceites pelo bispo da diocese de Bragança/Miranda, Dom Nuno Almeida.
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