Embora tenha anunciado inicialmente que não se iria recandidatar, por falta de tempo para assumir o cargo, decidiu avançar novamente por falta de listas candidatas à direção.
Entre os planos a pôr em prática no mandato que agora assume, está tornar a federação mais abrangente para os associados:
“Queremos alterar um pouco o figurino da Federação, no sentido de a tornarmos mais abrangente ainda para os associados.
Temos diversas situações que depois iremos anunciar mas queremos que, cada vez mais, os sócios nos vejam como sua representante.
Alguns associados estão neste momento um pouco afastados porque viam a Federação como um prestador de serviços, o que ela não é. A Federação existe para representar os sócios. Pretendemos trabalhar nisso muito brevemente.
Vamos ter agora uma reunião geral com os novos órgãos eleitos, pois apesar de ter sido lista única, houve algumas alterações.”
Os custos inerentes à atividade cinegética e a diminuição das espécies são aspetos que preocupam o setor e aos quais a Federação tem estado atenta:
“É cada vez mais difícil ser caçador em Portugal porque os custos são elevados e há muito pouca caça.
Por muito que as organizações façam, fruto das alterações climáticas e do uso de pesticidas e herbicidas nos terrenos, a caça não sobrevive. E ao haver pouca caça as pessoas desmotivam. Muitos caçadores sobrevivem ainda como tal essencialmente por causa da caça maior, pois a nível da menor há muito pouco, o que neste momento é transversal a grande parte do país.
Por isso, temos alertado as entidades oficiais, nesse sentido, e penso que, brevemente, poderá haver novidades.”
João Alves é também vice-presidente da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses, da qual a Federação é associada.
Conta que, através desta, têm tido várias reuniões com a tutela, no sentido de tentar melhorar o setor:
“Por exemplo, há cerca de um ano e meio, tivemos uma reunião com o Secretário de Estado das Florestas, na qual tentámos isentar as zonas de caça associativas do pagamento da taxa, uma vez que estávamos no período da pandemia. Não foi aceite mas, em contrapartida, eles foram recetivos a criar um programa, que na altura algumas zonas de caça aproveitaram, que fez com que fossem ressarcidas em grande parte dos custos.
Foi um trabalho nosso, proposto por nós junto da tutela.
Há outras intervenções que temos feito e que queremos continuar a fazer pois são lutas que nunca acabam. Queremos também tentar implementar ideias novas.
Por vezes somos atendidos, outras vezes não.”
A Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinegética será inteiramente responsável pela organização da Feira da Caça e Turismo de 2024, com apoio do Município de Macedo de Cavaleiros, que acontece entre 25 e 28 de janeiro.
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