As quebras voltaram a ser bastante significativas e a castanha não se vendeu a um preço justo, sendo que havia pouca.
Em Outubro, o município enviou um documento a vários ministérios, pedindo ajuda, e, segundo o presidente da câmara, Luís Fernandes, agora vai enviar-se uma moção para que se faça um estudo sobre o fungo que destruiu a campanha deste ano e para que se tomem várias outras medidas. “Nós continuamos a pedir apoios, não só na questão financeira mas também para outras medidas importantes, nomeadamente a nível de tratamento de doenças que possam surgir, como foi este ano. Devia haver medidas específicas relacionadas com a questão dos seguros e tratamento que têm a ver não só com a quebra mas também com a qualidade que, depois, afecta o preço”.
A moção foi aprovada por unanimidade na Assembleia Municipal de Vinhais. A quebra ainda não está contabilizada porque houve várias fases. Numa primeira havia pouca castanha e depois havia alguma mas a qualidade foi afectada. “Houve várias fases. Quando fizemos a apresentação da Feira da Castanha toda a gente dizia que ia ser um ano excepcional. Depois vieram aquelas duas ou três semanas de muito calor que afectaram a produção e houve uma quebra. Depois, na parte final, em algumas variedades a quebra não foi má mas a qualidade aliada ao preço causou prejuízos significativos. Estamos a falar de dezenas de milhões de euros que afectaram o concelho”.
O presidente da câmara espera que desta vez haja de facto ajuda uma vez que no primeiro pedido de apoio, a ministra da Agricultura disse que o Governo não tinha forma de ajudar nas quebras de produção por se tratar de uma matéria segurável. “Claro que o objectivo é que quem tutela estas áreas perceba as medidas que propomos ou outras que entenda necessárias que cheguem e permitem apoiar os produtores do concelho porque isto tem uma importância muito grande para o concelho”.
As perdas não foram uniformes em todas as zonas do concelho de Vinhais. Em alguns casos chegaram a ser totais, noutros rondaram os 70 a 80%.
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